Pois é, amigos.
Estou vindo aqui só pra oficializar que o blog está mesmo "fechado" por algum tempo. Não que ele não estivesse, já que tem quase três meses que eu não posto nada. Mas sobrou um tempo, então aproveitei pra passar aqui.
Bem, o blog está fechando porque eu sou orgulhoso pra caralho.
Não tenho nem tempo, nem criatividade para levar isso aqui da forma como gostaria. E agora percebo que não tinha mais sentido escrever algo pra ninguém ler. Fui ficando cada vez mais distante, e cheguei até a esquecer do aniversário de dois anos do blog, em setembro.
Enfim, não sinto mais vontade de escrever aqui, graças ao fato de nunca ter feito realmente algum sucesso com o blog. Cada vez mais penso que é porque não sou tão bom quanto achava que era.
De qualquer forma eu sempre quis ser músico, ator, escritor, comediante, qualquer coisa artísitica que fosse, mas nunca obtive sucesso, e agora estou cada vez mais médico, cada vez mais sem graça, e cada vez mais sem tempo pra vida que eu realmente gostaria de ter.
Estou cada vez mais sem cultura. Tenho cada vez menos assuntos pra conversar, cada vez mais alheio ao que acontece no mundo.
Minha vida se resume a me foder na faculdade, achando que sou doutor e que farei alguma diferença no mundo.
Não sou nem dos melhores alunos da Faculdade de Medicina da UFRJ, onde, como vocês podem imaginar, tem pessoas muito mais feras do que eu. Na verdade me recuso a ser tão bitolado quanto elas, eu hein.
Eu queria mesmo era ter uma banda, ser famoso, viver de música, mas nunca achei uma porra de baterista, e acho que ninguém entende mesmo o quanto a música é importante pra mim.
Gostaria também de ser ator, mas já não me acho tão bom, ou podia ser um escritor engraçado, mas meu blog nunca "aconteceu" de fato.
Enfim, vou parar com essa merda de desabafo chato pra caralho me desculpando, mas não era pra ser engraçado mesmo. Acho que ninguém vai ler. Mas se leram, obrigado por terem me "ouvido".
Espero voltar um dia. Um abraço, amigos!
domingo, 7 de novembro de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
Manual do Candidato - Eleições 2010
"Época de eleição é um inferno. A gente nunca sabe em quem votar, até porque no fundo a gente acha que não vai funcionar de qualquer jeito. Então a gente assiste o horário eleitoral, ri da cara dos candidatos, atura carro de som na rua, fica puto, vota em qualquer um, e passa quatro anos se arrependendo. É sempre a mesma coisa.
Claro que tem o seu lado bom. Conversar sobre política às vezes é interessante, principalmente se for pra escrotizar os candidatos. Um arsenal de piadinhas novas surgem com as eleições, pra alegria dos tios pançudos nos bares por aí. Além disso, a mídia humorística caía em cima, e eram épocas felizes para o CQC, para o Pânico, o Casseta etc, até inventarem essa lei "anti humor" pra acabar com a nossa festa.
Mas não se desespere, jovem leitor. Pare agora de se estressar com os candidatos, eles são invencíveis, sempre existirão, a cada dois anos rola uma eleição, é mais frequente que a Copa do Mundo. Portanto, se não podemos contra eles... pois é, vovó sempre dizia: junte-se a eles.
E é por isso que a enorme equipe de editores do NaQ preparou o Manual do Candidato - Eleições 2010 ©, que vai dar algumas dicas quentes pra você parar de reclamar dos políticos e passar a roubar você mesmo a grana dos cofres públicos.
O nosso Manual consta de algumas poucas dicas que vão te conferir alguma vantagem na corrida pela riqueza de ser político. Ele contém dicas para todos os cargos, mesmo para aqueles que não estarão em jogo nessas eleições, por nós entendermos que isso é uma forma de ajudar a preparar os candidatos para as próximas eleições. Esperamos que gostem!"
1) VEREADOR. É o cargo mais fácil de ganhar. Dispensa qualquer tipo de inteligência ou beleza, não precisa ser uma pessoa boa, mas ajuda muito se você for simpático. O essencial para um candidato a vereador é ser conhecido na sua área.
....•..1.1 Monte um estabelecimento. Qualquer coisa serve. Padaria, açougue, peixaria, mercearia, armazém, creche, escolinha, mercadinho, inferninho, qualquer coisa. Até porque ele não vai servir pra nada mesmo, o único motivo pelo qual um vereador precisa fazer isso é pra botar o nome do estabelecimento no seu próprio nome na época da eleição. Isso ajuda a criar uma identidade com o seu bairro, que no fim das contas é o que importa. Como exemplo temos "Marcos do Armazém", "Judith da Creche", ou "Val do Puteiro".
....•..1.2 Use o nome do seu bairro como sobrenome. Isso é uma alternativa ao item 1.1, que você pode usar para obter o mesmo efeito. Usar o nome do bairro também ajuda a criar a identidade necessária. Então em época de eleição você pode ser um "Jorge Cascadura", ou um "Rafinha de Inhaúma".
....•..1.3 Exponha a sua profissão. É mais uma alternativa, mas essa serve mais pra dar apelo entre a sua classe. "Rosinha Professora" ou "Beto da Van" são bons exemplos.
....•..1.4 Seja arroz de festa. Candidato bom é aquele que aparece, e quando se fala "aparece", subentende-se "aparece em tudo". Exercite bem a sua cara de pau. Prefira festas grandes, cheias de gente bêbada porque elas não sabem o que fazem, mas também invista nas festas de criança, porque os pais votam. Nem batizados e missas de sétimo dia podem ser poupados.
....•..1.5 Aprenda a falar rápido. Vereador tem uns três segundos, em média, na propaganda eleitoral. Então tem que falar rápido! E se você não souber o que falar, não se preocupe, vereador sempre fala as mesmas coisas, e a nossa equipe preparou alguns exemplos comentados:
" - Vou gerar empregos de Morro Agudo até o Centro!" - É bom falar de emprego. Ninguém sabe como se "gera" um emprego, até porque essa porra não é semente, mas mesmo assim não tem importância, o povão gosta de milagre.
" - Vou levar a UPA 24 horas para Valverde." - Falar que vai levar as coisas pros lugares remotos da sua cidade é bom também. Você pode levar desde escolas públicas até restaurantes populares, todo mundo vai acreditar.
" - Saúde e educação, com Deus no coração." - Apesar de não ter falado absolutamente nada, esse é bom porque rima, e fica ainda melhor se você fizer uma cara de compreensão e botar a mão no coração. Lembrem-se: rimar é bom, então não se atenha a isso, rime com seu nome também, "vote certo, Felizberto!".
2) PREFEITO. Para ocupar esse cargo são necessárias algumas manhas, e bastante dinheiro. Interessantemente, não precisa ser vereador antes, só o dinheiro basta mesmo.
....•..2.1 Arrume um partido legal. É daí que vem o dinheiro. Ideologia é pra comunistas malucos.
....•..2.2 Tenha seu nome nas obras da cidade. Você vai parecer muito mais foda se as pessoas acharem que foi você que mandou construir certas coisas. Mas tem que ser coisa popular, escola não conta, povo gosta é de rua, calçada, pracinha, essas coisas. Aliás, isso também ajuda na reeleição, você tem mais chance de sugar mais quatro anos de dinheiro fácil se asfaltar uma penca de ruas durante o primeiro mandato. Não invista em saneamento básico, porque isso tá debaixo da terra e ninguém vê.
....•..2.3 Faça passeatas e abrace as pessoas na rua. Não precisa explicar.
3) DEPUTADO. É um cargo de dificuldade intermediária, tanto o Estadual quanto o Federal. Não precisa ter tanto "talento político", um monte de imbecis já foram deputados.
....•..3.1) Seja alguma coisa antes. Pelo menos pro povão te conhecer, senão dificilmente vão votar em você. Vereador já serve.
....•..3.2) Seja famoso. É uma forma de pular o item 3.1, mas não é estritamente necessário que você seja famoso por alguma coisa boa. Se você for um pagodeiro, ou uma dançarina de funk já serve. Um exemplo bom é o Eurico Miranda, que foi eleito várias vezes, e todo mundo sabe que ele é ladrão. Como ele conseguia? Se aproveitava dos vascaínos, futebol é coisa séria (agora o Romário está se candidatando também, pra confundir mais ainda a cabeça dos vices).
4) GOVERNADOR. Um cargo para o qual você dificilmente vai ser eleito de primeira viagem. Tem que ter sido secretário, prefeito, ou alguma coisa assim antes, ou seja, tem que ter um apelo político, é diferente do deputado.
....•..4.1) Apareça em cenas apelativas. O governador tem que aparecer no horário eleitoral numas cenas bem tocantes. Visitar escola, comer merenda, aparecer num lixão, aparecer numa comunidade carente, tudo isso serve. O povo gosta de ver essas cenas na TV, eles tem que ter a impressão de que o candidato sabe o que eles estão passando.
....•..4.2) Programas para todos. Para dar aquele sentimento de unidade no seu estado, os nomes dos seus programas têm que ser "para todos". "Escola Para Todos", "Moradia Para Todos", "Saúde Para Todos". É garantido que, quando você falar desses programas na TV, várias pessoas irão chorar de emoção, e depois votar em você.
5) SENADOR. É a maior mamata da República, ninguém sabe direito o que raios um senador faz, e ninguém está realmente interessado.
....•..5.1) Não perca seu tempo com horário eleitoral. O senador mal aparece no horário eleitoral, e quando aparece nunca precisa dizer nada de concreto.
....•..5.2) Tenha apoios bons. Certifique-se que o seu nome apareça junto aos dos candidatos favoritos, isso conta bastante. Agora tem que votar em dois senadores, na hora vai confundir muita gente, e acaba sobrando voto pra você.
....•..5.3) Seja de um partido famoso. O senador não se elege como pessoa, e sim como partido. Dificilmente vai ter alguém do "Partido dos Bancários Revolucionários" no senado.
6) PRESIDENTE. É, obviamente, o cargo mais difícil de conseguir. Mas não se assuste, vários imbecis conseguiram.
....•..6.1) Seja conhecido pelo Brasil inteiro. Serve qualquer coisa, mesmo que você seja um grevista, merdeiro, semi analfabeto. No final das contas serve só pra dar Ibope, não pra demonstrar habilidade. Um monte de gente votaria no Pelé, ou no Sílvio Santos.
....•..6.2) Apele de todas as formas. O Lula não tem um dedo, imagina se você não tivesse uma perna?
....•..6.3) Seja bonito. O Collor era bonito. Mas se você for do naipe da Dilma, sempre haverá cirurgia plástica e photoshop. Não hesite em usá-los, a própria Dilma é o melhor exemplo disso.
....•..6.4) Tenha programas com nomes maneiros. O presidente Lula criou o "Programa de Aceleração do Cresimento". Esse é um ótimo exemplo de como essa dica é importante, porque além de ser um nome que passa uma sensação real de que essa porra toda vai crescer de uma hora pra outra, a sigla deste programa é "PAC", que é uma sigla bem simpática. Você tem que criar programas que, além de terem nomes empolgantes, virem siglas sonoras, tem que meter uma vogal no meio, senão fica complicado de falar. Se você criar o "Programa de Reestruturação dos Hospitais Carentes do Estado Do Rio de Janeiro", vai virar o "P-R-H-CERJ", que não fica bom no jornal.
CONSELHOS FINAIS. Pra ser candidato você tem que ser cara de pau, não há espaço pra vergonha. Se você seguir as poucas dicas que foram dadas nesse "Manual do Candidato - Eleições 2010 ©", já sairá na frente dos seus concorrentes, e ficará um passo mais próximo de quatro anos mamando nas tetas do governo. A equipe do NaQ deseja a você toda a sorte!
Claro que tem o seu lado bom. Conversar sobre política às vezes é interessante, principalmente se for pra escrotizar os candidatos. Um arsenal de piadinhas novas surgem com as eleições, pra alegria dos tios pançudos nos bares por aí. Além disso, a mídia humorística caía em cima, e eram épocas felizes para o CQC, para o Pânico, o Casseta etc, até inventarem essa lei "anti humor" pra acabar com a nossa festa.
Mas não se desespere, jovem leitor. Pare agora de se estressar com os candidatos, eles são invencíveis, sempre existirão, a cada dois anos rola uma eleição, é mais frequente que a Copa do Mundo. Portanto, se não podemos contra eles... pois é, vovó sempre dizia: junte-se a eles.
E é por isso que a enorme equipe de editores do NaQ preparou o Manual do Candidato - Eleições 2010 ©, que vai dar algumas dicas quentes pra você parar de reclamar dos políticos e passar a roubar você mesmo a grana dos cofres públicos.
O nosso Manual consta de algumas poucas dicas que vão te conferir alguma vantagem na corrida pela riqueza de ser político. Ele contém dicas para todos os cargos, mesmo para aqueles que não estarão em jogo nessas eleições, por nós entendermos que isso é uma forma de ajudar a preparar os candidatos para as próximas eleições. Esperamos que gostem!"
(Equipe de editores do Nada ao Quadrado)
1) VEREADOR. É o cargo mais fácil de ganhar. Dispensa qualquer tipo de inteligência ou beleza, não precisa ser uma pessoa boa, mas ajuda muito se você for simpático. O essencial para um candidato a vereador é ser conhecido na sua área.
....•..1.1 Monte um estabelecimento. Qualquer coisa serve. Padaria, açougue, peixaria, mercearia, armazém, creche, escolinha, mercadinho, inferninho, qualquer coisa. Até porque ele não vai servir pra nada mesmo, o único motivo pelo qual um vereador precisa fazer isso é pra botar o nome do estabelecimento no seu próprio nome na época da eleição. Isso ajuda a criar uma identidade com o seu bairro, que no fim das contas é o que importa. Como exemplo temos "Marcos do Armazém", "Judith da Creche", ou "Val do Puteiro".
....•..1.2 Use o nome do seu bairro como sobrenome. Isso é uma alternativa ao item 1.1, que você pode usar para obter o mesmo efeito. Usar o nome do bairro também ajuda a criar a identidade necessária. Então em época de eleição você pode ser um "Jorge Cascadura", ou um "Rafinha de Inhaúma".
....•..1.3 Exponha a sua profissão. É mais uma alternativa, mas essa serve mais pra dar apelo entre a sua classe. "Rosinha Professora" ou "Beto da Van" são bons exemplos.
....•..1.4 Seja arroz de festa. Candidato bom é aquele que aparece, e quando se fala "aparece", subentende-se "aparece em tudo". Exercite bem a sua cara de pau. Prefira festas grandes, cheias de gente bêbada porque elas não sabem o que fazem, mas também invista nas festas de criança, porque os pais votam. Nem batizados e missas de sétimo dia podem ser poupados.
....•..1.5 Aprenda a falar rápido. Vereador tem uns três segundos, em média, na propaganda eleitoral. Então tem que falar rápido! E se você não souber o que falar, não se preocupe, vereador sempre fala as mesmas coisas, e a nossa equipe preparou alguns exemplos comentados:
" - Vou gerar empregos de Morro Agudo até o Centro!" - É bom falar de emprego. Ninguém sabe como se "gera" um emprego, até porque essa porra não é semente, mas mesmo assim não tem importância, o povão gosta de milagre.
" - Vou levar a UPA 24 horas para Valverde." - Falar que vai levar as coisas pros lugares remotos da sua cidade é bom também. Você pode levar desde escolas públicas até restaurantes populares, todo mundo vai acreditar.
" - Saúde e educação, com Deus no coração." - Apesar de não ter falado absolutamente nada, esse é bom porque rima, e fica ainda melhor se você fizer uma cara de compreensão e botar a mão no coração. Lembrem-se: rimar é bom, então não se atenha a isso, rime com seu nome também, "vote certo, Felizberto!".
2) PREFEITO. Para ocupar esse cargo são necessárias algumas manhas, e bastante dinheiro. Interessantemente, não precisa ser vereador antes, só o dinheiro basta mesmo.
....•..2.1 Arrume um partido legal. É daí que vem o dinheiro. Ideologia é pra comunistas malucos.
....•..2.2 Tenha seu nome nas obras da cidade. Você vai parecer muito mais foda se as pessoas acharem que foi você que mandou construir certas coisas. Mas tem que ser coisa popular, escola não conta, povo gosta é de rua, calçada, pracinha, essas coisas. Aliás, isso também ajuda na reeleição, você tem mais chance de sugar mais quatro anos de dinheiro fácil se asfaltar uma penca de ruas durante o primeiro mandato. Não invista em saneamento básico, porque isso tá debaixo da terra e ninguém vê.
....•..2.3 Faça passeatas e abrace as pessoas na rua. Não precisa explicar.
3) DEPUTADO. É um cargo de dificuldade intermediária, tanto o Estadual quanto o Federal. Não precisa ter tanto "talento político", um monte de imbecis já foram deputados.
....•..3.1) Seja alguma coisa antes. Pelo menos pro povão te conhecer, senão dificilmente vão votar em você. Vereador já serve.
....•..3.2) Seja famoso. É uma forma de pular o item 3.1, mas não é estritamente necessário que você seja famoso por alguma coisa boa. Se você for um pagodeiro, ou uma dançarina de funk já serve. Um exemplo bom é o Eurico Miranda, que foi eleito várias vezes, e todo mundo sabe que ele é ladrão. Como ele conseguia? Se aproveitava dos vascaínos, futebol é coisa séria (agora o Romário está se candidatando também, pra confundir mais ainda a cabeça dos vices).
4) GOVERNADOR. Um cargo para o qual você dificilmente vai ser eleito de primeira viagem. Tem que ter sido secretário, prefeito, ou alguma coisa assim antes, ou seja, tem que ter um apelo político, é diferente do deputado.
....•..4.1) Apareça em cenas apelativas. O governador tem que aparecer no horário eleitoral numas cenas bem tocantes. Visitar escola, comer merenda, aparecer num lixão, aparecer numa comunidade carente, tudo isso serve. O povo gosta de ver essas cenas na TV, eles tem que ter a impressão de que o candidato sabe o que eles estão passando.
....•..4.2) Programas para todos. Para dar aquele sentimento de unidade no seu estado, os nomes dos seus programas têm que ser "para todos". "Escola Para Todos", "Moradia Para Todos", "Saúde Para Todos". É garantido que, quando você falar desses programas na TV, várias pessoas irão chorar de emoção, e depois votar em você.
5) SENADOR. É a maior mamata da República, ninguém sabe direito o que raios um senador faz, e ninguém está realmente interessado.
....•..5.1) Não perca seu tempo com horário eleitoral. O senador mal aparece no horário eleitoral, e quando aparece nunca precisa dizer nada de concreto.
....•..5.2) Tenha apoios bons. Certifique-se que o seu nome apareça junto aos dos candidatos favoritos, isso conta bastante. Agora tem que votar em dois senadores, na hora vai confundir muita gente, e acaba sobrando voto pra você.
....•..5.3) Seja de um partido famoso. O senador não se elege como pessoa, e sim como partido. Dificilmente vai ter alguém do "Partido dos Bancários Revolucionários" no senado.
6) PRESIDENTE. É, obviamente, o cargo mais difícil de conseguir. Mas não se assuste, vários imbecis conseguiram.
....•..6.1) Seja conhecido pelo Brasil inteiro. Serve qualquer coisa, mesmo que você seja um grevista, merdeiro, semi analfabeto. No final das contas serve só pra dar Ibope, não pra demonstrar habilidade. Um monte de gente votaria no Pelé, ou no Sílvio Santos.
....•..6.2) Apele de todas as formas. O Lula não tem um dedo, imagina se você não tivesse uma perna?
....•..6.3) Seja bonito. O Collor era bonito. Mas se você for do naipe da Dilma, sempre haverá cirurgia plástica e photoshop. Não hesite em usá-los, a própria Dilma é o melhor exemplo disso.
....•..6.4) Tenha programas com nomes maneiros. O presidente Lula criou o "Programa de Aceleração do Cresimento". Esse é um ótimo exemplo de como essa dica é importante, porque além de ser um nome que passa uma sensação real de que essa porra toda vai crescer de uma hora pra outra, a sigla deste programa é "PAC", que é uma sigla bem simpática. Você tem que criar programas que, além de terem nomes empolgantes, virem siglas sonoras, tem que meter uma vogal no meio, senão fica complicado de falar. Se você criar o "Programa de Reestruturação dos Hospitais Carentes do Estado Do Rio de Janeiro", vai virar o "P-R-H-CERJ", que não fica bom no jornal.
CONSELHOS FINAIS. Pra ser candidato você tem que ser cara de pau, não há espaço pra vergonha. Se você seguir as poucas dicas que foram dadas nesse "Manual do Candidato - Eleições 2010 ©", já sairá na frente dos seus concorrentes, e ficará um passo mais próximo de quatro anos mamando nas tetas do governo. A equipe do NaQ deseja a você toda a sorte!
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Recordes
Olá, amigos. Hoje é um dia memorável para o NaQ!
Ok, tudo bem, eu admito, não é memorável da mesma forma que a queda do muro de Berlim foi memorável, ou como a viagem da Apolo 11 foi memorável. Tá mais praquela vez que você se cagou, ou que um pombo fez isso pra você. Na sua cabeça. Também é memorável.
De qualquer forma, hoje estou batendo um recorde. Tá, nada de mais, estou batendo meu próprio recorde: esta é a décima oitava postagem do ano, ou seja, é o meu recorde de postagens num ano. E ainda estamos em agosto! Parabéns pra mim! UHUL!
Agora você pega essa sua cara de reprovação e enfia no vaso sanitário, seu escroto.
Pra mim isso é uma coisa importante sim, já que eu ando sem incentivo nenhum pra escrever aqui. Meu blog vai completar dois anos em setembro, e ainda é anonimamente escroto. Posso sempre mandar a desculpa de que mantenho-me no anonimato para justificar o nome do blog, mas porra nenhuma! Eu quero fama!
Enfim, bater recordes, por mais que você não queira, e por mais escrotos que sejam, é uma forma fácil de obter fama. Os seres humanos babam ovo de coisas completamente sem sentido.
Por exemplo, no carnaval eu estava vendo o programa da Sonia Abrão (por favor, não me recrimine), e ela estava entrevistando o cara que possui a maior língua registrada no Brasil. Ela fez aquele sensacionalismo tosco, mostrando duas vezes uma reportagem ENORME do cara mostrando a língua pras pessoas na rua. O foda dessa reportagem é que nunca filmavam o cara, e sim a reação das pessoas. Tudo bem, era pra criar o clima, eu entendo, mas precisava ser DUAS VEZES?!
Aí depois ela entrevistou o cara no estúdio, só que ele estava usando uma máscara. Ela ficava mostrando a língua dele pros produtores, diretores, e pessoas do estúdio, mas tudo no mesmo esquema da reportagem, sem a galera de casa poder ver. Eu já tava ficando puto, mas era questão de honra ver a porra da língua do cara.
Minha paciência quase acabou quando ela começou a fazer perguntas pro linguarudo:
"- Qual é a vantagem de ter uma língua desse tamanho?"
"- E tem algum contra?"
"- Agora que você possui esse recorde, você pretende ganhar dinheiro com sua língua? Por exemplo, fazendo, propagandas de sorvete?"
PORRA! Como assim, cara? Ele só tem uma língua grande, ele não treinou pra isso, não é nenhum talento especial, não muda a vida de ninguém... Bom, só da mulher dele, né.
A questão é: eu nem me lembro o tamanho da língua do cara, porque, na verdade, foi bem decepcionante. Depois de uma hora e vinte minutos de enrolação eu esperava ver uma gravata saindo de dentro da boca dele. Mas não foi. Era uma língua grande, mas aceitável.
Isso é um grande exemplo de como recordes escrotos são valorizados. Se você olhar no Guinness Book, por exemplo, te garanto que vai se impressionar. Lá você verá coisas bizarras, como Kim Goodman, a jovem americana que consegue botar seus olhos 12 mm para fora. Será que ela acredita em amor à primeira vista?
Diretamente da Índia, temos dois recordes nojentos. Não, não estou falando do filme "Quem quer ser um milionário?", muito menos do rio Ganges. Estou falando dos 18.1 cm de cabelos na orelha de Anthony Victor, e dos 25 dedos do menino Devendra Harne. A Índia é foda.
Tem gente que é teimosa. O paquistanês Zafar Gill levantou 73 kg com a orelha. Legal. Só que essa é a TERCEIRA vez que ele bate o PRÓPRIO recorde.
E por fim, têm sempre aqueles recordes exageradamente imbecis que você olha e fica pensando se não conseguiria fazer o mesmo. Então, se você quer entrar no Guinness, aí vai uma dica: o dinamarquês Jim Lyngvild detém o recorde de "comer Ferrero Rocher", traçou 7 em um minuto.
E aí? Quer tentar?
Conhece algum outro recorde bisonho? Gostaria de quebrar algum outro recorde? Então comente aí, e vamos bater o recorde de comentários! YEAH!
Ok, tudo bem, eu admito, não é memorável da mesma forma que a queda do muro de Berlim foi memorável, ou como a viagem da Apolo 11 foi memorável. Tá mais praquela vez que você se cagou, ou que um pombo fez isso pra você. Na sua cabeça. Também é memorável.
De qualquer forma, hoje estou batendo um recorde. Tá, nada de mais, estou batendo meu próprio recorde: esta é a décima oitava postagem do ano, ou seja, é o meu recorde de postagens num ano. E ainda estamos em agosto! Parabéns pra mim! UHUL!
Agora você pega essa sua cara de reprovação e enfia no vaso sanitário, seu escroto.
Pra mim isso é uma coisa importante sim, já que eu ando sem incentivo nenhum pra escrever aqui. Meu blog vai completar dois anos em setembro, e ainda é anonimamente escroto. Posso sempre mandar a desculpa de que mantenho-me no anonimato para justificar o nome do blog, mas porra nenhuma! Eu quero fama!
Enfim, bater recordes, por mais que você não queira, e por mais escrotos que sejam, é uma forma fácil de obter fama. Os seres humanos babam ovo de coisas completamente sem sentido.
Por exemplo, no carnaval eu estava vendo o programa da Sonia Abrão (por favor, não me recrimine), e ela estava entrevistando o cara que possui a maior língua registrada no Brasil. Ela fez aquele sensacionalismo tosco, mostrando duas vezes uma reportagem ENORME do cara mostrando a língua pras pessoas na rua. O foda dessa reportagem é que nunca filmavam o cara, e sim a reação das pessoas. Tudo bem, era pra criar o clima, eu entendo, mas precisava ser DUAS VEZES?!
Aí depois ela entrevistou o cara no estúdio, só que ele estava usando uma máscara. Ela ficava mostrando a língua dele pros produtores, diretores, e pessoas do estúdio, mas tudo no mesmo esquema da reportagem, sem a galera de casa poder ver. Eu já tava ficando puto, mas era questão de honra ver a porra da língua do cara.
Minha paciência quase acabou quando ela começou a fazer perguntas pro linguarudo:
"- Qual é a vantagem de ter uma língua desse tamanho?"
"- E tem algum contra?"
"- Agora que você possui esse recorde, você pretende ganhar dinheiro com sua língua? Por exemplo, fazendo, propagandas de sorvete?"
PORRA! Como assim, cara? Ele só tem uma língua grande, ele não treinou pra isso, não é nenhum talento especial, não muda a vida de ninguém... Bom, só da mulher dele, né.
A questão é: eu nem me lembro o tamanho da língua do cara, porque, na verdade, foi bem decepcionante. Depois de uma hora e vinte minutos de enrolação eu esperava ver uma gravata saindo de dentro da boca dele. Mas não foi. Era uma língua grande, mas aceitável.
Isso é um grande exemplo de como recordes escrotos são valorizados. Se você olhar no Guinness Book, por exemplo, te garanto que vai se impressionar. Lá você verá coisas bizarras, como Kim Goodman, a jovem americana que consegue botar seus olhos 12 mm para fora. Será que ela acredita em amor à primeira vista?
Diretamente da Índia, temos dois recordes nojentos. Não, não estou falando do filme "Quem quer ser um milionário?", muito menos do rio Ganges. Estou falando dos 18.1 cm de cabelos na orelha de Anthony Victor, e dos 25 dedos do menino Devendra Harne. A Índia é foda.
Tem gente que é teimosa. O paquistanês Zafar Gill levantou 73 kg com a orelha. Legal. Só que essa é a TERCEIRA vez que ele bate o PRÓPRIO recorde.
E por fim, têm sempre aqueles recordes exageradamente imbecis que você olha e fica pensando se não conseguiria fazer o mesmo. Então, se você quer entrar no Guinness, aí vai uma dica: o dinamarquês Jim Lyngvild detém o recorde de "comer Ferrero Rocher", traçou 7 em um minuto.
E aí? Quer tentar?
Conhece algum outro recorde bisonho? Gostaria de quebrar algum outro recorde? Então comente aí, e vamos bater o recorde de comentários! YEAH!
sábado, 14 de agosto de 2010
40 segundos de TV Fama
Não demorou mais do que isso, eu juro. Esse post é uma transcrição das falas do Paparazzo do TV Fama. Eu acompanhei o programa por uns 40 segundos apenas, o tempo suficiente pra ver esse quadro.
O cara estava filmando o Hans Donner almoçando com a sua esposa, a ex-Globeleza Valéria Valença. Primeiro ele disse o cardápio, disse o que eles estavam bebendo, disse que horas que eles chegaram etc. Só que depois ele começou a NARRAR o almoço, aí vai:
Na hora que o Hans pegou um sachê de papel, coisa que é completamente inesperada num ALMOÇO, ele mandou:
- E isso aí, hein?! Será que é sal ou açúcar? Vamos esperar pra ver! Se ele botar na comida é sal, se ele botar no suco é açúcar! VAMOS ESPERAR!
Mais emocionante que um pênalti.
Na hora que a Valéria gesticulou pra mostrar alguma coisa, igual a qualquer ser humano normal, ele congelou a imagem, deu zoom na mão dela e:
- Olhem as unhas dela! Olhem as unhas dela!
Não me lembro o que tinha na unha dela.
Aí eles continuaram almoçando, sem fazer nada, como antes, e ele deu outra parada no vídeo só pra comentar:
- Repararam que a Valéria não está almoçando? SERÁ QUE ELA ESTÁ DE DIETA?!
Sinceramente. Foda-se.
E por último, quando o garçom trouxe duas xícaras (que extraordinário...) ele manda na maior empolgação:
- O garçom está trazendo um chazinho? Ué, Hans, mas vocês estão tomando suco! Como assim?! Será que já é o cafezinho da saída?! Mas você ainda está comendo, Hans! Assim o café vai esfriar!
Pois é, 40 segundos do almoço mais cheio de emoção que eu já vi na minha vida.
O cara estava filmando o Hans Donner almoçando com a sua esposa, a ex-Globeleza Valéria Valença. Primeiro ele disse o cardápio, disse o que eles estavam bebendo, disse que horas que eles chegaram etc. Só que depois ele começou a NARRAR o almoço, aí vai:
Na hora que o Hans pegou um sachê de papel, coisa que é completamente inesperada num ALMOÇO, ele mandou:
- E isso aí, hein?! Será que é sal ou açúcar? Vamos esperar pra ver! Se ele botar na comida é sal, se ele botar no suco é açúcar! VAMOS ESPERAR!
Mais emocionante que um pênalti.
Na hora que a Valéria gesticulou pra mostrar alguma coisa, igual a qualquer ser humano normal, ele congelou a imagem, deu zoom na mão dela e:
- Olhem as unhas dela! Olhem as unhas dela!
Não me lembro o que tinha na unha dela.
Aí eles continuaram almoçando, sem fazer nada, como antes, e ele deu outra parada no vídeo só pra comentar:
- Repararam que a Valéria não está almoçando? SERÁ QUE ELA ESTÁ DE DIETA?!
Sinceramente. Foda-se.
E por último, quando o garçom trouxe duas xícaras (que extraordinário...) ele manda na maior empolgação:
- O garçom está trazendo um chazinho? Ué, Hans, mas vocês estão tomando suco! Como assim?! Será que já é o cafezinho da saída?! Mas você ainda está comendo, Hans! Assim o café vai esfriar!
Pois é, 40 segundos do almoço mais cheio de emoção que eu já vi na minha vida.
domingo, 8 de agosto de 2010
A vida de um revolucionário
Não, esse não é um post chato, sobre a história de um Che Guevara qualquer da vida, fique tranquilo.
Estou aqui hoje pra explicar como que é, literalmente, o processo de vida de um revolucionário. Aquele tipo de gente que não aceita só nascer, crescer, reproduzir e morrer. NÃO! Vou falar da vida daqueles pra quem a vida, em si, é mais: é uma luta constante pra quebrar os padrões da sociedade, pra se livrar das amarras do sistema, blá blá blá coisa e tal... Ah, vamos logo falar dessa bagaça.
Na infância não tem jeito. O melhor modo de ser uma criança revolucionária é ser bagunceiro. Quer transtornar a sociedade? Quer quebrar limites? Então quebre as coisas da sua casa, transtorne a paciência dos seus pais. Seja aquele pirralho melequento, que corre pelado, cai o tempo todo, vive todo ralado, sangrando, cheio de casquinhas. Aí você arranca suas casquinhas, bate no seu irmão menor, nos seus amigos e inferniza sua professora. Tente ser expulso da escola.
Um revolucionário mirim legítimo é a encarnação do capeta, o retrato falado do chifrudo.
Conforme o revolucionário cresce mais um pouco, ele tem que mudar a estratégia. Na pré-adolescência não vale mais a pena ser um pentelho que destrói tudo ao redor, senão você deixa de ser revolucionário e vira um imbecil (se bem que esses conceitos se confundem um pouco, às vezes). Normalmente, quando o revolucionário abandona os brinquedos, e dá alô pros primeiros pentelhinhos, ele vira roqueiro.
Sim, aparentemente, os jovens acham que conseguem encher o saco dos pais e chocar a sociedade sendo roqueiros. E eles estão certos, mas é importante lembrar que nessa fase de "roqueirinhos" existem várias subdivisões. Vamos falar um pouco delas.
Os punks são simples, largados, e cagam pra porra toda. Os grungies são sujos, rasgados, e cagam neles mesmos. A galera do hardcore é a mais revoltada, são os mais pilhados e agitados, gritando por aí suas musiquinhas contra o sistema. Já os metaleiros tentam chocar pela estranheza, suportam qualquer calor do mundo usando roupas pretas, cabelos longos cheios de sebo, espinhos e cintos com bala de metranca. Um pouco mais exagerados que esses são os góticos, que são viados em preto e branco.
Falando em viadagem, há aquelas tribos de roqueirinhos que geram mais polêmica. É uma porra de moda mais atual, que eu queria muito saber quem inventou, só pra poder enfiar um cabo de vassoura no... enfim, deixa pra lá, vamos falar deles.
O chamado "emo" é aquele tipo de roqueiro homossexual, de franja, magrelo, que usa roupas apertadinhas e chora por tudo. Importante saber que, na maioria dos casos, não dá pra distinguir os emos macho dos emos fêmea. Sim, infelizmente, eles chocavam a sociedade. Ninguém conseguia olhar para um emo e não dizer "mas que porra é essa?". Tudo ia bem, eles até conseguiam o que queriam, mas aí alguém achou que eles eram muito tristes e incolores, e com isso nasceu essa moda toda de gente colorida, que também são uns viadinhos, de franja, magrelos, com roupas apertadinhas, mas com o diferencial, as roupas são de cores fortes, não combinam, e eles são felizinhos. Muito mais chocante, os olhos ardem só de olhar pra eles.
Portanto, um pré-adolescente quebra as regras da sociedade sendo um roqueiro revoltado, que luta contra o sistema, ou transa com pessoas do mesmo sexo.
Conforme o revolucionário continua crescendo, virando um adulto, o rock continua presente na sua vida, só não pode mais ser do tipo colorido e homossexual. Lembrem-se, adolescente é gay pra chocar (ou porque é confuso), mas adulto é gay porque gosta. E essa porra de ser colorido é ridículo quando você fica mais velho, só o Fiuk que não entende isso.
Contudo, há dois conceitos importantes que nascem na vida do revolucionário quando eles está perto de se tornar adulto: a alternatividade e o socialismo. Sim, nessa idade, ou o revolucionário gosta de ser alternativo, gosta de gostar do que ninguém gosta, ou ele se amarra em socialismo, Cuba e Che Guevara. Pode ser que ele abrace as duas causas.
Nesse barco dos alternativos há os conceitos de "indie" e de "cult-bacaninha". Eles são mais ou menos a mesma coisa, só que os primeiros gostam de curtir bandas desconhecidas, independentes (daí o nome "indie"), e têm um gosto alternativo ao da sociedade em geral. Ou seja, são uma espécie de Do Contra. Já os segundos, os cult-bacaninhas, são aqueles chatos que se acham super alternativos e ficam tentando mostrar isso pro mundo, posando de cinéfilos, amantes de arte contemporânea, ou qualquer outra coisa que eles considerem original e que irrite as outras pessoas com informações inúteis. Ou seja, eles forçam pra ser alternativos e não conseguem guardar isso pra si próprios. Ser indie é bacana, ser cult-bacaninha é escroto, guarde isso.
Já o grupo dos socialistas é bem característico. É aquele rapaz barbudinho, cabeludo, com a camisa do Che, Legião Urbana ou Cazuza. Eles normalmente se amarram em poesia, mas não aquela bem feita, estilo Vinicius de Moraes, e sim aquele lixo, estilo Renato Russo, ou Cazuza mesmo. Eles gostam disso porque fala mal da burguesia.
Então, um revolucionário costuma amadurecer odiando tudo que é popular ou abraçando o socialismo.
Aí, ele chega na faculdade, e as coisas não mudam muito. Ele pode continuar sendo alternativo ou socialista, mas vale lembrar que um revolucionário legítimo gosta de chocar a sociedade escolhendo uma carreira daquelas bem diferentes. Nada de Medicina, Direito ou Engenharia. Ou eles fazem História pra aprender sobre o Che, ou escolhem carreiras ligadas à cultura, música e artes em geral. Eu respeito pra cacete quem faz graduação do tipo "cultural" ou "belas artes", acho mó barato, sério, mas enfim, deixa pra lá.
A faculdade serve pro revolucionário ganhar embasamento pras suas críticas da sociedade. Lá ele vai ganhar mais conhecimento, autonomia, e pode começar a achar que vai revolucionar o mundo.
Aí ele entra pro Movimento Estudantil e participa de diretório acadêmicos. Faz atos pedindo passe livre nos ônibus, ou mais verbas do governo. Nesse ponto, os "socialistas" costumam digivolver pra "comunistas". Passam a apoiar candidatos que ninguém conhece, e, POR ÚLTIMO...
... se afiliam ao PSTU.
Estou aqui hoje pra explicar como que é, literalmente, o processo de vida de um revolucionário. Aquele tipo de gente que não aceita só nascer, crescer, reproduzir e morrer. NÃO! Vou falar da vida daqueles pra quem a vida, em si, é mais: é uma luta constante pra quebrar os padrões da sociedade, pra se livrar das amarras do sistema, blá blá blá coisa e tal... Ah, vamos logo falar dessa bagaça.
Na infância não tem jeito. O melhor modo de ser uma criança revolucionária é ser bagunceiro. Quer transtornar a sociedade? Quer quebrar limites? Então quebre as coisas da sua casa, transtorne a paciência dos seus pais. Seja aquele pirralho melequento, que corre pelado, cai o tempo todo, vive todo ralado, sangrando, cheio de casquinhas. Aí você arranca suas casquinhas, bate no seu irmão menor, nos seus amigos e inferniza sua professora. Tente ser expulso da escola.
Um revolucionário mirim legítimo é a encarnação do capeta, o retrato falado do chifrudo.
Conforme o revolucionário cresce mais um pouco, ele tem que mudar a estratégia. Na pré-adolescência não vale mais a pena ser um pentelho que destrói tudo ao redor, senão você deixa de ser revolucionário e vira um imbecil (se bem que esses conceitos se confundem um pouco, às vezes). Normalmente, quando o revolucionário abandona os brinquedos, e dá alô pros primeiros pentelhinhos, ele vira roqueiro.
Sim, aparentemente, os jovens acham que conseguem encher o saco dos pais e chocar a sociedade sendo roqueiros. E eles estão certos, mas é importante lembrar que nessa fase de "roqueirinhos" existem várias subdivisões. Vamos falar um pouco delas.
Os punks são simples, largados, e cagam pra porra toda. Os grungies são sujos, rasgados, e cagam neles mesmos. A galera do hardcore é a mais revoltada, são os mais pilhados e agitados, gritando por aí suas musiquinhas contra o sistema. Já os metaleiros tentam chocar pela estranheza, suportam qualquer calor do mundo usando roupas pretas, cabelos longos cheios de sebo, espinhos e cintos com bala de metranca. Um pouco mais exagerados que esses são os góticos, que são viados em preto e branco.
Falando em viadagem, há aquelas tribos de roqueirinhos que geram mais polêmica. É uma porra de moda mais atual, que eu queria muito saber quem inventou, só pra poder enfiar um cabo de vassoura no... enfim, deixa pra lá, vamos falar deles.
O chamado "emo" é aquele tipo de roqueiro homossexual, de franja, magrelo, que usa roupas apertadinhas e chora por tudo. Importante saber que, na maioria dos casos, não dá pra distinguir os emos macho dos emos fêmea. Sim, infelizmente, eles chocavam a sociedade. Ninguém conseguia olhar para um emo e não dizer "mas que porra é essa?". Tudo ia bem, eles até conseguiam o que queriam, mas aí alguém achou que eles eram muito tristes e incolores, e com isso nasceu essa moda toda de gente colorida, que também são uns viadinhos, de franja, magrelos, com roupas apertadinhas, mas com o diferencial, as roupas são de cores fortes, não combinam, e eles são felizinhos. Muito mais chocante, os olhos ardem só de olhar pra eles.
Portanto, um pré-adolescente quebra as regras da sociedade sendo um roqueiro revoltado, que luta contra o sistema, ou transa com pessoas do mesmo sexo.
Conforme o revolucionário continua crescendo, virando um adulto, o rock continua presente na sua vida, só não pode mais ser do tipo colorido e homossexual. Lembrem-se, adolescente é gay pra chocar (ou porque é confuso), mas adulto é gay porque gosta. E essa porra de ser colorido é ridículo quando você fica mais velho, só o Fiuk que não entende isso.
Contudo, há dois conceitos importantes que nascem na vida do revolucionário quando eles está perto de se tornar adulto: a alternatividade e o socialismo. Sim, nessa idade, ou o revolucionário gosta de ser alternativo, gosta de gostar do que ninguém gosta, ou ele se amarra em socialismo, Cuba e Che Guevara. Pode ser que ele abrace as duas causas.
Nesse barco dos alternativos há os conceitos de "indie" e de "cult-bacaninha". Eles são mais ou menos a mesma coisa, só que os primeiros gostam de curtir bandas desconhecidas, independentes (daí o nome "indie"), e têm um gosto alternativo ao da sociedade em geral. Ou seja, são uma espécie de Do Contra. Já os segundos, os cult-bacaninhas, são aqueles chatos que se acham super alternativos e ficam tentando mostrar isso pro mundo, posando de cinéfilos, amantes de arte contemporânea, ou qualquer outra coisa que eles considerem original e que irrite as outras pessoas com informações inúteis. Ou seja, eles forçam pra ser alternativos e não conseguem guardar isso pra si próprios. Ser indie é bacana, ser cult-bacaninha é escroto, guarde isso.
Já o grupo dos socialistas é bem característico. É aquele rapaz barbudinho, cabeludo, com a camisa do Che, Legião Urbana ou Cazuza. Eles normalmente se amarram em poesia, mas não aquela bem feita, estilo Vinicius de Moraes, e sim aquele lixo, estilo Renato Russo, ou Cazuza mesmo. Eles gostam disso porque fala mal da burguesia.
Então, um revolucionário costuma amadurecer odiando tudo que é popular ou abraçando o socialismo.
Aí, ele chega na faculdade, e as coisas não mudam muito. Ele pode continuar sendo alternativo ou socialista, mas vale lembrar que um revolucionário legítimo gosta de chocar a sociedade escolhendo uma carreira daquelas bem diferentes. Nada de Medicina, Direito ou Engenharia. Ou eles fazem História pra aprender sobre o Che, ou escolhem carreiras ligadas à cultura, música e artes em geral. Eu respeito pra cacete quem faz graduação do tipo "cultural" ou "belas artes", acho mó barato, sério, mas enfim, deixa pra lá.
A faculdade serve pro revolucionário ganhar embasamento pras suas críticas da sociedade. Lá ele vai ganhar mais conhecimento, autonomia, e pode começar a achar que vai revolucionar o mundo.
Aí ele entra pro Movimento Estudantil e participa de diretório acadêmicos. Faz atos pedindo passe livre nos ônibus, ou mais verbas do governo. Nesse ponto, os "socialistas" costumam digivolver pra "comunistas". Passam a apoiar candidatos que ninguém conhece, e, POR ÚLTIMO...
... se afiliam ao PSTU.
sábado, 31 de julho de 2010
Filmes genéricos
O povo já está aprendendo que o diclofenaco é o genérico do Cataflam, ou que a dipirona é o genérico da Novalgina. Hoje em dia você chega numa farmácia, e pede o genérico de quase qualquer coisa, que eles te dão. Quebraram até a patente do Viagra (que vai se chamar sildenafil, se você se interessou).
A graça de você comprar um genérico é saber que ele faz a mesma coisa que o original, só que é bem mais barato. E essa lógica só faz sentido porque não tem outro lugar pra comprar remédio, só na farmácia. Ou seja, sua mãe te dá dinheiro pra comprar um remédio caro, você pega, compra o genérico, ela melhora, e você fica com o troco. Simples assim. Entretanto, eu me pergunto qual é a lógica de um filme genérico, se existe o pirata?
Não entendeu? Eu explico.
Ultimamente eu tenho reparado que, em lugares como as Lojas Americanas, ou a Casa & Vídeo, por exemplo, existem pra vender uns filmes infantis que são "genéricos" de filmes famosos. Assim como os remédios, eles são bem mais baratos. Tipo, tem uns por até 5 reais.
Só que isso é uma puta ("falta de"?) sacanagem com uma criança. Ela pede pro pai comprar um lindo filme da Disney, cheio de animações lindas e musiquinhas emocionantes, mas se o velho não tem dinheiro, e amor pelo seu filho, o que ele faz? Leva o genérico pra casa...
Só que o que esses pais não entendem é que, nesse caso, NÃO é a mesma coisa! Não é igual a remédio. Aquela bosta genérica é uma imitação escrota do filme original. Você, pai, está enganando sua criança! Tenha dó! Pô, compra o piratinha mesmo, tá 2 reais. Você já não tem vergonha nessa cara de qualquer jeito ué, então qual é o problema?
Isso é a mesma coisa que dar um Polystation (que é de cartucho), ou um Dynavision (da Dynacom), para uma criança que está pedindo um Play 3! É a mesma coisa que ligar pro Bom Dia & Cia, pedir pra ganhar mil reais na roleta, e sair com um Max Steel. E ainda ter que aturar aquela criança possuída dizer "parabéns" para você. É sacanagem da braba!
Enfim, vamos aos exemplos, porque assim fica mais fácil de entender.
Já viram o filme "Up - Altas aventuras"? É um filme extremamente bom, de animação. Ele conta a história de um velho chamado Carl, um escoteiro gordinho (todo fofo) chamado Russel, uma ave exótica chamada Kevin, e um cão super simpático chamado Dug.
O enredo é muito bom, o filme é genial. Ganhou até Oscar, eu acho. O velho Carl deu um jeito da sua casa voar com balões infláveis, eles se encontram com o grande Charles Muntz, o explorador, mas enfim, sem mais spoiler, é mais ou menos assim.
Entendeu o lance da casa voando? Pois é, mas e se eu te dissesse que existe um velho Doutor Crumb, um cientista que nunca gostou de sair de casa? Então tal doutor usava uma pedra extraterrestre para fazê-la (a sua casa) flutuar pelo mundo, mas ele perdeu essa pedra. Agora ele conta com a ajuda do seu sobrinho, o irreverente Guto, pra recuperá-la. Contudo, para realizar esse feito, ele faz a sua casa flutuar com a ajuda de um balão.
Reparou a semelhança? Pois é, essa é a história do filme "Voando - Em busca de aventuras".
Nem vou falar nada. Prosseguindo. Já ouviram falar de "Ratatouille", né? A história do ratinho Rémy, que cozinha bem pra cacete, e tal. Pois então lhes apresento "Ratatoing"!
O filme é sobre a história de Marcell Toing, um rato que é o chef com mais talento (e menos resolução de imagem) do Rio de Janeiro. Sim, essa é uma produção brasileira. O nome do restaurante dele é Ratatoing.
Outra produção brasileira que é um genérico de filme famoso é "Os Carrinhos".
Não preciso nem dizer que é uma cópia tosca de "Carros", da Pixar. O Relâmpago McQueen, personagem principal vermelho e bonitão do original, virou o "Tony Tunado", mais laranjinha no genérico, e o amigo dele Mate, que é um rebocador no original, virou "Kombo", que também é um rebocador e não faz lotada no genérico. O mais estranho é que não tem só um "Os Carrinhos", tem vários episódios, tipo Star Wars, e o episódio 3 se chama "Velozes e Curiosos".
Acha que acabou? Não. Agora vem o "Gladiformers".
Sim, pode rir, é ridículo mesmo. Só pra constar, é a história de uma raça de robôs (mal) feitos para duelar até se destruírem. O grande vencedor fodão do filme se chama Julius Drive. É, segura essa aí, Optimus!
Já viu "Kung Fu Panda"? A história do panda Po, que luta kung fu e tudo mais... Nunca viu?! Tem problema não, assiste esse aqui então.
Sim, "O mestre panda", você leu certo. É a história (num gráfico bem tosco) de uma menina que treina kung fu com um panda. Um panda que sabe lutar kung fu. É.
Agora, por último, vem aquele que é pra você, religioso, que desaprova violência, que acha que os filmes sanguinários cheios de dor e porrada não acrescentam nada, que eles são lixo. Aí vai: a versão bíblica de "300"! Se liga no cara da direita...
Coé, Leônidas, não esperava isso de você, cara.
A graça de você comprar um genérico é saber que ele faz a mesma coisa que o original, só que é bem mais barato. E essa lógica só faz sentido porque não tem outro lugar pra comprar remédio, só na farmácia. Ou seja, sua mãe te dá dinheiro pra comprar um remédio caro, você pega, compra o genérico, ela melhora, e você fica com o troco. Simples assim. Entretanto, eu me pergunto qual é a lógica de um filme genérico, se existe o pirata?
Não entendeu? Eu explico.
Ultimamente eu tenho reparado que, em lugares como as Lojas Americanas, ou a Casa & Vídeo, por exemplo, existem pra vender uns filmes infantis que são "genéricos" de filmes famosos. Assim como os remédios, eles são bem mais baratos. Tipo, tem uns por até 5 reais.
Só que isso é uma puta ("falta de"?) sacanagem com uma criança. Ela pede pro pai comprar um lindo filme da Disney, cheio de animações lindas e musiquinhas emocionantes, mas se o velho não tem dinheiro, e amor pelo seu filho, o que ele faz? Leva o genérico pra casa...
Só que o que esses pais não entendem é que, nesse caso, NÃO é a mesma coisa! Não é igual a remédio. Aquela bosta genérica é uma imitação escrota do filme original. Você, pai, está enganando sua criança! Tenha dó! Pô, compra o piratinha mesmo, tá 2 reais. Você já não tem vergonha nessa cara de qualquer jeito ué, então qual é o problema?
Isso é a mesma coisa que dar um Polystation (que é de cartucho), ou um Dynavision (da Dynacom), para uma criança que está pedindo um Play 3! É a mesma coisa que ligar pro Bom Dia & Cia, pedir pra ganhar mil reais na roleta, e sair com um Max Steel. E ainda ter que aturar aquela criança possuída dizer "parabéns" para você. É sacanagem da braba!
Enfim, vamos aos exemplos, porque assim fica mais fácil de entender.
Já viram o filme "Up - Altas aventuras"? É um filme extremamente bom, de animação. Ele conta a história de um velho chamado Carl, um escoteiro gordinho (todo fofo) chamado Russel, uma ave exótica chamada Kevin, e um cão super simpático chamado Dug.
O enredo é muito bom, o filme é genial. Ganhou até Oscar, eu acho. O velho Carl deu um jeito da sua casa voar com balões infláveis, eles se encontram com o grande Charles Muntz, o explorador, mas enfim, sem mais spoiler, é mais ou menos assim.

Reparou a semelhança? Pois é, essa é a história do filme "Voando - Em busca de aventuras".


Outra produção brasileira que é um genérico de filme famoso é "Os Carrinhos".

Acha que acabou? Não. Agora vem o "Gladiformers".

Já viu "Kung Fu Panda"? A história do panda Po, que luta kung fu e tudo mais... Nunca viu?! Tem problema não, assiste esse aqui então.

Agora, por último, vem aquele que é pra você, religioso, que desaprova violência, que acha que os filmes sanguinários cheios de dor e porrada não acrescentam nada, que eles são lixo. Aí vai: a versão bíblica de "300"! Se liga no cara da direita...
Coé, Leônidas, não esperava isso de você, cara.
sexta-feira, 30 de julho de 2010
Férias, com assuntos aleatórios
Bem, amigos, estou de férias. Elas serão pequenas, mas serão minhas! Enfim!
O fim do período, pra variar, foi um estupro. Que bom que eu consegui tirar o meu da reta.
Várias coisas me ocorreram nesse tempo que eu fiquei sem escrever, mas eu não tinha MESMO como escrever, então isso aqui ficou jogado...
De novo...
Isso sempre acontece...
Mas enfim, vamos deixar o bla bla blá para lá, sacudir a poeira (sem piadinhas de dar a volta por cima), e escrever alguma coisa. O assunto hoje não vai ser extenso. Na verdade são dois assuntos, duas coisas engraçadas que me ocorreram nessa última semana.
Primeiro, eu estava vendo TV um dia aí, e passou uma propaganda de pasta de dentes. Não lembro se era Colgate, Close-up, enfim, não importa. Nessa propaganda aparecia uma mulher escovando os dentes (jura?), e então DO NADA brotava um cara de jaleco na porta do banheiro dela. Pois é, o cara invadiu a casa da mulher, mas mesmo assim seguiu o diálogo:
Mulher: - Quem é você?
Cara: - Eu sou um especialista!
E então ele começava lá a explicar as vantagens do produto, seja lá quantos problemas bucais ele protegia, ou quantos dentistas recomendam-no, e a mulher ficou ouvindo. Tudo bem, mas... PORRA! Como assim?! O que que é isso, meu amigo?! Você tá maluco?! Você invadiu a casa da mulher, cara! Quem foi o maníaco que bolou essa propaganda?! E se fosse uma propaganda de papel higiênico? Ou uma propaganda de camisinhas?! Uma propaganda da Jontex!
- Ai, vai, vai amor, não pára, não p... CARALHO! QUEM É VOCÊ?!
- Eu sou um especialista, e vim aqui mostrar a qualidade do nosso produto.
Enfim, alguns dias depois eu estava passando pelo viaduto com a minha namorada (sim, já mudei de assunto, jogo rápido), e aí passaram dois viadinhos...
Bom, nesse ponto eu gostaria que vocês entendessem que quando eu digo "viadinhos" eu quero dizer "realmente muito viados mesmo". Daquele tipo de garotinhos com cabelos sebentos, magrelos, que quando passam você olha e fala, beeeeeeem pausadamente, "ca... ce... te, que... vi... a... di... nho... es... cro... to...". Aqueles viadinhos que andam com as perninhas tortas, tipo quando uma pessoa tá com vontade de mijar.
Então, entendido o grau de homossexualidade das personagens, prossigo com a minha narração dizendo que, no exato momento que eles passaram pela gente, um deles gritou "Restart!" e saiu rindo, feliz da vida...
Bom, nesse ponto eu gostaria que vocês entendessem que quando um ser desses pronuncia qualquer tipo de palavra, o vocábulo sai cheio de S's, acentos circunflexos, e til's, com a pronúncia mais nasal e cheia de cuspe possível, mais precisamente assim:
- Rêêisshhtãããrtchi! Rã-rrã-rrã-rrã! (entenderam?)
Tá, tudo bem, eu entendi o que ele quis dizer. Mas por quê? Porque ele fez isso? O que motivou essa criaturinha indecisa a gritar isso pra gente? A gente até estava usando jeans e camisas de cores normais, então... POR QUÊ?!
Eu nunca passei na rua e gritei "Ramones!", ou "Strokes!", ou "Streetlight Manifesto!", "Weezer!", "Libertines!", "Raimundos!", "Gramofocas!", ou nenhuma outra banda que eu gosto pra ninguém.
Depois, eu e a patroa ficamos pensando. Será que eles faziam parte da famosa e temida Família Restart? Fiquei com medo na hora. Essa banda está arrebanhando muita gente cruel, sem coração, com Twitteres cheios de ódio, indignação, e cores chamativas.
Será que é tipo uma maçonaria? Será que é assim que eles se reconhecem? Eles gritam "Restart!" pela rua, e esperam resposta? Ou estão só marcando território, tipo "Gosto de Restart, cuidado comigo (porque eu posso querer dar pra você)!"
Entretanto, essas dúvidas todas só duraram uns 10 segundos. Depois ficou claro que eles eram apenas retardados, realmente viadinhos, alienados que gostam de Restart, e que por algum motivo acham que as outras pessoas pensam que isso é interessante. Eles gritam pela rua e esperam que as pessoas pensem "Cacete! Quanta alternatividade! Quanta atitude!", mas o máximo que eles conseguem é "Cala a boca! Vai se fuder seu viadinho de merda!"
E depois vão xingar muito no Twitter.
É cada uma que me parece. Eu hein.
O fim do período, pra variar, foi um estupro. Que bom que eu consegui tirar o meu da reta.
Várias coisas me ocorreram nesse tempo que eu fiquei sem escrever, mas eu não tinha MESMO como escrever, então isso aqui ficou jogado...
De novo...
Isso sempre acontece...
Mas enfim, vamos deixar o bla bla blá para lá, sacudir a poeira (sem piadinhas de dar a volta por cima), e escrever alguma coisa. O assunto hoje não vai ser extenso. Na verdade são dois assuntos, duas coisas engraçadas que me ocorreram nessa última semana.
Primeiro, eu estava vendo TV um dia aí, e passou uma propaganda de pasta de dentes. Não lembro se era Colgate, Close-up, enfim, não importa. Nessa propaganda aparecia uma mulher escovando os dentes (jura?), e então DO NADA brotava um cara de jaleco na porta do banheiro dela. Pois é, o cara invadiu a casa da mulher, mas mesmo assim seguiu o diálogo:
Mulher: - Quem é você?
Cara: - Eu sou um especialista!
E então ele começava lá a explicar as vantagens do produto, seja lá quantos problemas bucais ele protegia, ou quantos dentistas recomendam-no, e a mulher ficou ouvindo. Tudo bem, mas... PORRA! Como assim?! O que que é isso, meu amigo?! Você tá maluco?! Você invadiu a casa da mulher, cara! Quem foi o maníaco que bolou essa propaganda?! E se fosse uma propaganda de papel higiênico? Ou uma propaganda de camisinhas?! Uma propaganda da Jontex!
- Ai, vai, vai amor, não pára, não p... CARALHO! QUEM É VOCÊ?!
- Eu sou um especialista, e vim aqui mostrar a qualidade do nosso produto.
Enfim, alguns dias depois eu estava passando pelo viaduto com a minha namorada (sim, já mudei de assunto, jogo rápido), e aí passaram dois viadinhos...
Bom, nesse ponto eu gostaria que vocês entendessem que quando eu digo "viadinhos" eu quero dizer "realmente muito viados mesmo". Daquele tipo de garotinhos com cabelos sebentos, magrelos, que quando passam você olha e fala, beeeeeeem pausadamente, "ca... ce... te, que... vi... a... di... nho... es... cro... to...". Aqueles viadinhos que andam com as perninhas tortas, tipo quando uma pessoa tá com vontade de mijar.
Então, entendido o grau de homossexualidade das personagens, prossigo com a minha narração dizendo que, no exato momento que eles passaram pela gente, um deles gritou "Restart!" e saiu rindo, feliz da vida...
Bom, nesse ponto eu gostaria que vocês entendessem que quando um ser desses pronuncia qualquer tipo de palavra, o vocábulo sai cheio de S's, acentos circunflexos, e til's, com a pronúncia mais nasal e cheia de cuspe possível, mais precisamente assim:
- Rêêisshhtãããrtchi! Rã-rrã-rrã-rrã! (entenderam?)
Tá, tudo bem, eu entendi o que ele quis dizer. Mas por quê? Porque ele fez isso? O que motivou essa criaturinha indecisa a gritar isso pra gente? A gente até estava usando jeans e camisas de cores normais, então... POR QUÊ?!
Eu nunca passei na rua e gritei "Ramones!", ou "Strokes!", ou "Streetlight Manifesto!", "Weezer!", "Libertines!", "Raimundos!", "Gramofocas!", ou nenhuma outra banda que eu gosto pra ninguém.
Depois, eu e a patroa ficamos pensando. Será que eles faziam parte da famosa e temida Família Restart? Fiquei com medo na hora. Essa banda está arrebanhando muita gente cruel, sem coração, com Twitteres cheios de ódio, indignação, e cores chamativas.
Será que é tipo uma maçonaria? Será que é assim que eles se reconhecem? Eles gritam "Restart!" pela rua, e esperam resposta? Ou estão só marcando território, tipo "Gosto de Restart, cuidado comigo (porque eu posso querer dar pra você)!"
Entretanto, essas dúvidas todas só duraram uns 10 segundos. Depois ficou claro que eles eram apenas retardados, realmente viadinhos, alienados que gostam de Restart, e que por algum motivo acham que as outras pessoas pensam que isso é interessante. Eles gritam pela rua e esperam que as pessoas pensem "Cacete! Quanta alternatividade! Quanta atitude!", mas o máximo que eles conseguem é "Cala a boca! Vai se fuder seu viadinho de merda!"
E depois vão xingar muito no Twitter.
É cada uma que me parece. Eu hein.
domingo, 4 de julho de 2010
Sobre a minha irmã
Eu tenho uma irmã mais nova, de 12 anos. Sempre a tratei como filha, e por isso, enquanto ela ia crescendo, sempre tentei mostrar pra ela coisas que não a tornassem uma patricinha mongolóide quando ficasse mais velha. Mostrava músicas boas, dava toques sobre o mundo, e mostrava garotinhos legais na rua, dizendo que aqueles eram bonitinhos.
Você pode achar que isso não adiantava nada, que eu estava travando uma guerra invencível contra a sociedade babaca que os adolescentes vivem hoje em dia. Mas está enganado, até o ano passado minha irmã gostava de ouvir coisas muito boas, como a bossa nova de Vinicius de Moraes, o rock nerd do Weezer, ou o punk do Gramofocas, ou do Tequila Baby (claro que eu censurava algumas coisas). Ela gostava tanto que tinha as músicas no celular, ficava no meu quarto me ouvindo tocar guitarra pra cantar comigo, e até dizia que era apaixonada pelo Rivers Cuomo, vocalista do Weezer, porque ele era "nerd e fofo", nas palavras dela.
A gente se divertia pra cacete, fazia vídeos, tirava fotos, gravava músicas. Eu realmente achava que tinha comigo uma criança que no futuro não seria uma alienada, mas algumas coisas ultimamente estão me fazendo mudar de idéia.
De uns três meses pra cá ela tá mudando, e eu não percebi. Primeiro, ela começou a ir numa porra de matinê que tem numa boate aqui perto de casa. É bem famosa por aqui, e todas as adolescentes idiotas vão lá, no mesmo dia. A parada bomba, e se somar todos os QI's das pessoas que frequentam não deve passar de 300.
Então, como consequência natural de ir em matinê, ela começou a falar de "beijo". Eu juro que não ligo, até falo pra ela dar uma chance pra alguns menininhos bacanas, mas ela começou a me mostrar os gatinhos dela, e aí veio a outra decepção: magrelo, cara de galã barato, cabelinho jogado na cara. São todos iguais, todos querem ser os Colírios da Capricho.
É rapaz, minha irmã gosta de gente assim, tipo Colírio da Capricho, e não importa quantas provas existam de que eles são vazios e idiotas, ela sempre me vem com "ah, maninho, mas ele é gatinho"...
Puta merda...
Onde foi parar o Rivers, hein minha filha? Ele é inteligente e talentoso, pô...
Mas não, ela já não gosta mais dos nerds fofos. É sério. Recentemente ela declarou pra mim: "ai maninho, eu sou apaixonada pelo Justin Bieber! Ele não é lindo?!"
NÃO, querida! Ele é uma criança burra, com voz de garota, viadinho, com um cabelinho escroto jogado na cara! Porra!
Só que ela não tá nem aí, sempre responde "ah, maninho, mas ele é gato e rico, isso é o que importa!", e é exatamente nessa hora que me dá vontade de pegar a minha irmã pelos ombros, e balançar com toda a força, gritando e cuspindo bem na cara dela que NÃO! NÃO É ISSO QUE IMPORTA, SUA IDIOTA! IDOLATRAR O JUSTIN BIEBER TE FAZ UMA CRIANÇA TÃO BOÇAL QUANTO ELE! PARE DE SE REBAIXAR! Mas não adianta nada, porque ela ainda anda pela casa cantarolando "baby, baby, baby, nooooo..."
Que ódio.
Parece que minha irmã está emburrecendo, sabe? Agora ela tira fotos fazendo biquinho, "V" com os dedos, língua pra fora, e todas as outras coisas que a gente vê em 95% dos álbums das adolescentes idiotas do orkut. Ela antigamente cantava coisas lindas como "chega de saudade, a realidade é que sem ela não há paz não há beleza, é só tristeza e a melancolia que não sai de mim, não sai", mas agora escreve orgulhosamente no status do orkut "e eu vou te esperar, aonde quer que eu vá, te levo comigo", que é um trecho de uma música daquela banda de viados coloridos, o Restart. Tudo muito bem rimado, e altamente profundo.
No subnick do msn ela coloca coisas como "Joana Maldini , Gisele Maggio , Letícia Moraes , dolu vces migaaaaaaaas ! (L) : P" (os nomes são fictícios). Já nas conversas, ela escreve coisas como "pohhaa", e quando eu fui zoá-la escrevi "poha", e ela fez questão de me corrigir, dizendo que tinha que ser com dois h's. Usa "tensoooo" O TEMPO TODO, até quando está falando de verdade. Adicionou um garotinho cujo msn era "fulano-prostituto@hotmail.com" (censurei o nome dele).
Poxa, o que tá acontecendo com você?! Quando foi que essa merda toda aconteceu?! Quando foi que tudo desandou?!
Eu sei que você tá crescendo, mas você não consegue perceber que está se tornando uma patricinha mongolóide? Você se veste igual a todo mundo, tira fotos iguais as de todo mundo, fala gírias imbecis, escreve igual a uma retardada no msn, e seus ídolos são viadinhos coloridos. Por favor, maninha, eu te amo, e esse post é um apelo, olhe pra você e veja que você está se rebaixando ao nível da maioria. Idiota.
Você ainda tem a chance de ser superior. Pode continuar saindo, se divertindo, mas por favor, perceba o poço de burrice que você está se mergulhando. Seu cérebro agradece.
Você pode achar que isso não adiantava nada, que eu estava travando uma guerra invencível contra a sociedade babaca que os adolescentes vivem hoje em dia. Mas está enganado, até o ano passado minha irmã gostava de ouvir coisas muito boas, como a bossa nova de Vinicius de Moraes, o rock nerd do Weezer, ou o punk do Gramofocas, ou do Tequila Baby (claro que eu censurava algumas coisas). Ela gostava tanto que tinha as músicas no celular, ficava no meu quarto me ouvindo tocar guitarra pra cantar comigo, e até dizia que era apaixonada pelo Rivers Cuomo, vocalista do Weezer, porque ele era "nerd e fofo", nas palavras dela.
A gente se divertia pra cacete, fazia vídeos, tirava fotos, gravava músicas. Eu realmente achava que tinha comigo uma criança que no futuro não seria uma alienada, mas algumas coisas ultimamente estão me fazendo mudar de idéia.
De uns três meses pra cá ela tá mudando, e eu não percebi. Primeiro, ela começou a ir numa porra de matinê que tem numa boate aqui perto de casa. É bem famosa por aqui, e todas as adolescentes idiotas vão lá, no mesmo dia. A parada bomba, e se somar todos os QI's das pessoas que frequentam não deve passar de 300.
Então, como consequência natural de ir em matinê, ela começou a falar de "beijo". Eu juro que não ligo, até falo pra ela dar uma chance pra alguns menininhos bacanas, mas ela começou a me mostrar os gatinhos dela, e aí veio a outra decepção: magrelo, cara de galã barato, cabelinho jogado na cara. São todos iguais, todos querem ser os Colírios da Capricho.
É rapaz, minha irmã gosta de gente assim, tipo Colírio da Capricho, e não importa quantas provas existam de que eles são vazios e idiotas, ela sempre me vem com "ah, maninho, mas ele é gatinho"...
Puta merda...
Onde foi parar o Rivers, hein minha filha? Ele é inteligente e talentoso, pô...
Mas não, ela já não gosta mais dos nerds fofos. É sério. Recentemente ela declarou pra mim: "ai maninho, eu sou apaixonada pelo Justin Bieber! Ele não é lindo?!"
NÃO, querida! Ele é uma criança burra, com voz de garota, viadinho, com um cabelinho escroto jogado na cara! Porra!
Só que ela não tá nem aí, sempre responde "ah, maninho, mas ele é gato e rico, isso é o que importa!", e é exatamente nessa hora que me dá vontade de pegar a minha irmã pelos ombros, e balançar com toda a força, gritando e cuspindo bem na cara dela que NÃO! NÃO É ISSO QUE IMPORTA, SUA IDIOTA! IDOLATRAR O JUSTIN BIEBER TE FAZ UMA CRIANÇA TÃO BOÇAL QUANTO ELE! PARE DE SE REBAIXAR! Mas não adianta nada, porque ela ainda anda pela casa cantarolando "baby, baby, baby, nooooo..."
Que ódio.
Parece que minha irmã está emburrecendo, sabe? Agora ela tira fotos fazendo biquinho, "V" com os dedos, língua pra fora, e todas as outras coisas que a gente vê em 95% dos álbums das adolescentes idiotas do orkut. Ela antigamente cantava coisas lindas como "chega de saudade, a realidade é que sem ela não há paz não há beleza, é só tristeza e a melancolia que não sai de mim, não sai", mas agora escreve orgulhosamente no status do orkut "e eu vou te esperar, aonde quer que eu vá, te levo comigo", que é um trecho de uma música daquela banda de viados coloridos, o Restart. Tudo muito bem rimado, e altamente profundo.
No subnick do msn ela coloca coisas como "Joana Maldini , Gisele Maggio , Letícia Moraes , dolu vces migaaaaaaaas ! (L) : P" (os nomes são fictícios). Já nas conversas, ela escreve coisas como "pohhaa", e quando eu fui zoá-la escrevi "poha", e ela fez questão de me corrigir, dizendo que tinha que ser com dois h's. Usa "tensoooo" O TEMPO TODO, até quando está falando de verdade. Adicionou um garotinho cujo msn era "fulano-prostituto@hotmail.com" (censurei o nome dele).
Poxa, o que tá acontecendo com você?! Quando foi que essa merda toda aconteceu?! Quando foi que tudo desandou?!
Eu sei que você tá crescendo, mas você não consegue perceber que está se tornando uma patricinha mongolóide? Você se veste igual a todo mundo, tira fotos iguais as de todo mundo, fala gírias imbecis, escreve igual a uma retardada no msn, e seus ídolos são viadinhos coloridos. Por favor, maninha, eu te amo, e esse post é um apelo, olhe pra você e veja que você está se rebaixando ao nível da maioria. Idiota.
Você ainda tem a chance de ser superior. Pode continuar saindo, se divertindo, mas por favor, perceba o poço de burrice que você está se mergulhando. Seu cérebro agradece.
sábado, 19 de junho de 2010
Cores de esmalte
Já perceberam que o nome da cor do esmalte quase nunca te diz qual é a cor dele? Por exemplo, já me pediram uma vez pra ir na farmácia e comprar um esmalte Paris. Tá bom, eu fui, mas não pude deixar de ficar me perguntando QUAL RAIOS ERA A COR DE PARIS. Chegando lá, Paris era um rosinha meio claro.
Isso não fez sentido nenhum, obviamente.
Bem, um dia aí, há pouco tempo, eu estava na farmácia com a minha namorada, Melissa, e fiz uma compilação de cores de esmalte que estavam sendo vendidas lá, só pra vocês terem uma noção. Mas pra auxiliar, eu tirei duas fotos mostrando alguns exemplos.


Bem, como vocês podem perceber, aparentemente a Cigana é branca, assim como um Top blanc, uma Luna e uma Venda, tudo isso é branco. Já o Amor é vermelho escuro. Uma Gatinha é rosa, assim como qualquer coisa Brilhante.
Eu sei que não faz sentido nenhum, mas procure não se esquecer disso, sei lá.
Lá nessa farmácia tinha uma coleção chamada "Colorama Duração e Brilho". Rapaz, essa era a campeã. Eles têm todas as cores bizonhas de esmalte. Não tenho foto pra conferir, então vamos tentando adivinhar.
Eles tinham uma cor Penélope, que provavelmente é mais um rosa choque da vida. Gelo, deve ser transparente. O Vermelho energia não é só vermelho, ele acende luzes e recarrega celulares também. Mas e o Batom vermelho? TEM que ser um batom? Não pode ser outra coisa?!
Maxi é um ex-jogador do Flamengo, acho que a cor dele era um pouco moreninho. O Estrela de Luz brilha MUITO no escuro. Já a Garota verão é bem mais morena que o Maxi.
Rosa divino, hein? Ui mona! Melhor que isso só o Atrevida, que você só pode pintar o dedo do meio. Com o Puro Glamour você arrebenta na balada.
E os comestíveis? Papaia, Mascavo, Framboesa, Castanha, Avelã. O Nozes usa mais no natal. Gengibre é bom pra garganta. Tem até Batida de côco, mas o côco TEM que estar batido, tá? E o Morango Silvestre? Não pode ser um urbano? Qual é a diferença?
Pra encher a cara, o Conhaque tem 39,5% de álcool. Mas se você achar demais, o Champanhe tem só 11%.
Gabrielle. Só usa se tiver esse nome. E com dois L's.
Sensual. Ajuda se você colocar o dedo na boca, querida.
40 graus. Se rolar uma queimadura de primeiro grau, mistura com o Gelo que quebra a temperatura. Platina vai nessa onda de dourado e prateado. Café italiano, de outro país não serve. O Galáxia não acaba nunca.
Se o amor é vermelho escuro, a Paixão é de que cor, hein?
Salto alto te diz algo? E Cosmopolitan? Qual é a cor do Balé clássico? Por fim, o único que eu gostei mesmo foi o Melissa, né. (Beijo, meu amor!)
"- Hãããããã, seu puxa-saco..."
Sou mesmo. =)
Isso não fez sentido nenhum, obviamente.
Bem, um dia aí, há pouco tempo, eu estava na farmácia com a minha namorada, Melissa, e fiz uma compilação de cores de esmalte que estavam sendo vendidas lá, só pra vocês terem uma noção. Mas pra auxiliar, eu tirei duas fotos mostrando alguns exemplos.


Bem, como vocês podem perceber, aparentemente a Cigana é branca, assim como um Top blanc, uma Luna e uma Venda, tudo isso é branco. Já o Amor é vermelho escuro. Uma Gatinha é rosa, assim como qualquer coisa Brilhante.
Eu sei que não faz sentido nenhum, mas procure não se esquecer disso, sei lá.
Lá nessa farmácia tinha uma coleção chamada "Colorama Duração e Brilho". Rapaz, essa era a campeã. Eles têm todas as cores bizonhas de esmalte. Não tenho foto pra conferir, então vamos tentando adivinhar.
Eles tinham uma cor Penélope, que provavelmente é mais um rosa choque da vida. Gelo, deve ser transparente. O Vermelho energia não é só vermelho, ele acende luzes e recarrega celulares também. Mas e o Batom vermelho? TEM que ser um batom? Não pode ser outra coisa?!
Maxi é um ex-jogador do Flamengo, acho que a cor dele era um pouco moreninho. O Estrela de Luz brilha MUITO no escuro. Já a Garota verão é bem mais morena que o Maxi.
Rosa divino, hein? Ui mona! Melhor que isso só o Atrevida, que você só pode pintar o dedo do meio. Com o Puro Glamour você arrebenta na balada.
E os comestíveis? Papaia, Mascavo, Framboesa, Castanha, Avelã. O Nozes usa mais no natal. Gengibre é bom pra garganta. Tem até Batida de côco, mas o côco TEM que estar batido, tá? E o Morango Silvestre? Não pode ser um urbano? Qual é a diferença?
Pra encher a cara, o Conhaque tem 39,5% de álcool. Mas se você achar demais, o Champanhe tem só 11%.
Gabrielle. Só usa se tiver esse nome. E com dois L's.
Sensual. Ajuda se você colocar o dedo na boca, querida.
40 graus. Se rolar uma queimadura de primeiro grau, mistura com o Gelo que quebra a temperatura. Platina vai nessa onda de dourado e prateado. Café italiano, de outro país não serve. O Galáxia não acaba nunca.
Se o amor é vermelho escuro, a Paixão é de que cor, hein?
Salto alto te diz algo? E Cosmopolitan? Qual é a cor do Balé clássico? Por fim, o único que eu gostei mesmo foi o Melissa, né. (Beijo, meu amor!)
"- Hãããããã, seu puxa-saco..."
Sou mesmo. =)
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Profissões misteriosas
Tinha um estabelecimento que eu sempre passava em frente, mas nunca entendia o que ele era de fato.
Na verdade não parecia nada, era tipo uma lojinha pequena, com uma mesa velha, dois sofás bem velhos, vários quadros aleatórios e velhos, pintura verde velha, e um velho sentado na mesa, com vários papéis, provavelmente velhos.
Sério, aquilo ali não parecia NADA mesmo!
Eu vivia fazendo especulações mirabolantes, e um dia acabei descobrindo que aquele velho era na verdade um despachante! Finalmente meu tormento havia passado! Eu era só alegria!
Mas, peraí... O QUE RAIOS É UM DESPACHANTE?!
E aí começava outro problema. Perguntei pro meu padrasto, que é meio velho também, e portanto devia saber dessas coisas velhas. Em resumo, ele disse que um despachante é um cara que agiliza uns documentos pra você, principalmente paradas de carro, tipo carteira, e placa, mas que hoje em dia já não serve mais pra nada. Ele disse que esses caras eram tipo um daqueles senhores que têm "conhecidos" no DETRAN, e por isso conseguiam fazer isso. Na wikipedia diz que o despachante "pode desenvolver suas atividades junto aos órgãos de trânsito (DETRANs), agenciando documentos de veículos. Pode, ainda, agenciar documentos junto a órgãos municipais, estaduais e federais, desde que não dependam da exigência de outra profissão."
Bem, o despachante então é um cara que "pode" fazer muitas coisas, "agencia" um monte de coisa, mas no duro mesmo ele é só um malandrão que ganha dinheiro porque conhece uma galera sinistra e arranja seus documentos rapidinho, ou seja, ele não faz nada. Tá mais pra um jeitinho brasileiro profissional.
E aí, lembrando dessas pessoas que exercem cargos misteriosos, sempre me vêm na cabeça os nossos queridos assistentes sociais. Isso sim é mistério de qualidade, ninguém sabe definir direito o que eles fazem.
Portanto, aí vai um pouco de informação: eles fazem a faculdade de Serviço Social, que tem como objeto de estudo a "questão social". Tal curso "tem contribuição da sociologia, da psicologia, economia, ciência política, filosofia, antropologia e pedagogia". O assistente social, em si, tem "basicamente" a função de "atuar nas expressões da questão social, formulando e implementando propostas para seu enfrentamento por meio de políticas sociais públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais.". As áreas que o assistente social visa atuar incluem só a saúde, a previdência, a educação, habitação, crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. Ou seja, eles têm como áreas de atuação apenas os recursos humanos, o gerenciamento participativo, planejamento estratégico, atuam nas relações interpessoais, na qualidade de vida do trabalhador, nos treinamentos organizacionais, elaboração ou implementação de projetos e programas de prevenção de riscos sociais. Tudo muito específico, hein.
Enfim, isso tudo aí eu achei pesquisando. Lendo essa budega eu fiquei com a impressão de que o assistente social é um ultra mega hiper master fodão com o superpoder de filosofar antropopedagogicamente sobre a psique econômica e social dos povos e interferir em todas as vidas alheias e em todas as coisas do mundo. Pois é, sim, é uma faculdade que te ensina a ser onipotente e onisciente.
Mas na real, o que eu vejo é sempre a mesma coisa: perdeu seu emprego? Fala com o assistente social. Seu parente morreu no hospital? Fala com o assistente social. Sua casa desmoronou na chuva? Vai lá, vai. Fala com ele.
Enfim, na prática, o serviço social é a arte de estar presente na desgraça alheia. É a magia de dar uma má notícia. É ter o tato de olhar sinceramente bem nos olhos daquele desgraçado que acabou de perder tudo e dizer um "Fudeu!" bem grande e bem dito pra ele. Legalzão.
E é isso aí, o mundo está cheio de profissões obscuras, com definições super fodonas, e pessoas super aptas a fazê-las da maneira mais misteriosa possível. Conhece mais alguma?
Na verdade não parecia nada, era tipo uma lojinha pequena, com uma mesa velha, dois sofás bem velhos, vários quadros aleatórios e velhos, pintura verde velha, e um velho sentado na mesa, com vários papéis, provavelmente velhos.
Sério, aquilo ali não parecia NADA mesmo!
Eu vivia fazendo especulações mirabolantes, e um dia acabei descobrindo que aquele velho era na verdade um despachante! Finalmente meu tormento havia passado! Eu era só alegria!
Mas, peraí... O QUE RAIOS É UM DESPACHANTE?!
E aí começava outro problema. Perguntei pro meu padrasto, que é meio velho também, e portanto devia saber dessas coisas velhas. Em resumo, ele disse que um despachante é um cara que agiliza uns documentos pra você, principalmente paradas de carro, tipo carteira, e placa, mas que hoje em dia já não serve mais pra nada. Ele disse que esses caras eram tipo um daqueles senhores que têm "conhecidos" no DETRAN, e por isso conseguiam fazer isso. Na wikipedia diz que o despachante "pode desenvolver suas atividades junto aos órgãos de trânsito (DETRANs), agenciando documentos de veículos. Pode, ainda, agenciar documentos junto a órgãos municipais, estaduais e federais, desde que não dependam da exigência de outra profissão."
Bem, o despachante então é um cara que "pode" fazer muitas coisas, "agencia" um monte de coisa, mas no duro mesmo ele é só um malandrão que ganha dinheiro porque conhece uma galera sinistra e arranja seus documentos rapidinho, ou seja, ele não faz nada. Tá mais pra um jeitinho brasileiro profissional.
E aí, lembrando dessas pessoas que exercem cargos misteriosos, sempre me vêm na cabeça os nossos queridos assistentes sociais. Isso sim é mistério de qualidade, ninguém sabe definir direito o que eles fazem.
Portanto, aí vai um pouco de informação: eles fazem a faculdade de Serviço Social, que tem como objeto de estudo a "questão social". Tal curso "tem contribuição da sociologia, da psicologia, economia, ciência política, filosofia, antropologia e pedagogia". O assistente social, em si, tem "basicamente" a função de "atuar nas expressões da questão social, formulando e implementando propostas para seu enfrentamento por meio de políticas sociais públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais.". As áreas que o assistente social visa atuar incluem só a saúde, a previdência, a educação, habitação, crianças, adolescentes, idosos e pessoas com deficiência. Ou seja, eles têm como áreas de atuação apenas os recursos humanos, o gerenciamento participativo, planejamento estratégico, atuam nas relações interpessoais, na qualidade de vida do trabalhador, nos treinamentos organizacionais, elaboração ou implementação de projetos e programas de prevenção de riscos sociais. Tudo muito específico, hein.
Enfim, isso tudo aí eu achei pesquisando. Lendo essa budega eu fiquei com a impressão de que o assistente social é um ultra mega hiper master fodão com o superpoder de filosofar antropopedagogicamente sobre a psique econômica e social dos povos e interferir em todas as vidas alheias e em todas as coisas do mundo. Pois é, sim, é uma faculdade que te ensina a ser onipotente e onisciente.
Mas na real, o que eu vejo é sempre a mesma coisa: perdeu seu emprego? Fala com o assistente social. Seu parente morreu no hospital? Fala com o assistente social. Sua casa desmoronou na chuva? Vai lá, vai. Fala com ele.
Enfim, na prática, o serviço social é a arte de estar presente na desgraça alheia. É a magia de dar uma má notícia. É ter o tato de olhar sinceramente bem nos olhos daquele desgraçado que acabou de perder tudo e dizer um "Fudeu!" bem grande e bem dito pra ele. Legalzão.
E é isso aí, o mundo está cheio de profissões obscuras, com definições super fodonas, e pessoas super aptas a fazê-las da maneira mais misteriosa possível. Conhece mais alguma?
domingo, 9 de maio de 2010
E eles fizeram de novo
Pra quê isso, hein?
(Se você não entendeu, saiba que esse é um adendo do post http://nada-ao-quadrado.blogspot.com/2010/04/ventoinha.html . Vai lá, dá aquela conferida, e aproveita pra dar aquela comentada. O post é pequeno, não vai doer. Assim você mantém esse meu blog ridículo no ar, já que a falta de comentários nele tá me estimulando cada vez mais a não fazer mais nada. Obrigado.)
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Ana Maria Braga
Bem, o que eu tenho a dizer, principalmente, sobre ela, é que ela é muito muito feia. Ela é horrorosa.
Sim, eu sei que ela sempre foi feia, mas recentemente eu me assustei quando a vi de manhã no Mais Você. Além do cabelo exagerado de desenho japonês, ela tá muito dentuça. Diz a minha mãe que ela fez tanta plástica que acabou ficando com um beição enorme, aí colocou dentes maiores pra disfarçar. Eu sinceramente não acho isso. Eu acho é que ela colocou MAIS DENTES na boca. Ela deve ter uns 134, sério, não dá mais pra fechar aquela boquinha gostosa.

Além de ser feia, o programa dela é uma merda. E se você acha que eu estou sendo ignorante demais nesse post, pare de ler, porque eu assisti uns 10 minutos de programa e fiquei com saudade do João Kléber.
Nesse dia eu vi: ela, o Louro José, e os 134 dentes dela, brincando de "Pegadinhas", que é um jogo que eles fazem charadas um pro outro. As charadas são do nível "o que é um pontinho amarelo no alto do prédio?", e eles jogam apostando prêmios para eles mesmos. Na ocasião ela disse pro Edson Celulari, convidado do dia, que no mês anterior ela tinha ganhado uma TV de plasma de 52 polegadas, e que agora aquela imbecilidade tava valendo um videogame de última geração.
Depois disso ela mostrou um quadro chamado "Eu Sou o Show", e eu não sei exatamente do que ele se trata, mas no dia tinha um cara que INCRIVELMENTE conseguia fazer embaixadinhas com uma bola de futebol. Mas não é só isso, não! Além disso, ele ainda conseguia cantar o Hino Nacional! AO MESMO TEMPO! É o novo Criss Angel.
Por fim (não do programa, mas da minha paciência), ela mandou a filosofia do dia, e terminou com o inédito "Acooooorda menina!".
Não consegui esperar pra vê-la chamando os cachorros.
Sim, eu sei que ela sempre foi feia, mas recentemente eu me assustei quando a vi de manhã no Mais Você. Além do cabelo exagerado de desenho japonês, ela tá muito dentuça. Diz a minha mãe que ela fez tanta plástica que acabou ficando com um beição enorme, aí colocou dentes maiores pra disfarçar. Eu sinceramente não acho isso. Eu acho é que ela colocou MAIS DENTES na boca. Ela deve ter uns 134, sério, não dá mais pra fechar aquela boquinha gostosa.

Além de ser feia, o programa dela é uma merda. E se você acha que eu estou sendo ignorante demais nesse post, pare de ler, porque eu assisti uns 10 minutos de programa e fiquei com saudade do João Kléber.
Nesse dia eu vi: ela, o Louro José, e os 134 dentes dela, brincando de "Pegadinhas", que é um jogo que eles fazem charadas um pro outro. As charadas são do nível "o que é um pontinho amarelo no alto do prédio?", e eles jogam apostando prêmios para eles mesmos. Na ocasião ela disse pro Edson Celulari, convidado do dia, que no mês anterior ela tinha ganhado uma TV de plasma de 52 polegadas, e que agora aquela imbecilidade tava valendo um videogame de última geração.
Depois disso ela mostrou um quadro chamado "Eu Sou o Show", e eu não sei exatamente do que ele se trata, mas no dia tinha um cara que INCRIVELMENTE conseguia fazer embaixadinhas com uma bola de futebol. Mas não é só isso, não! Além disso, ele ainda conseguia cantar o Hino Nacional! AO MESMO TEMPO! É o novo Criss Angel.
Por fim (não do programa, mas da minha paciência), ela mandou a filosofia do dia, e terminou com o inédito "Acooooorda menina!".
Não consegui esperar pra vê-la chamando os cachorros.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Ventoinha
A cena é bem simples. Estava eu chegando no meu prédio.

Um pequena explicação, antes: meu querido condomínio dispõe de dois elevadores. Mas só um funciona por vez. Sim, às vezes é porque um deles está quebrado, às vezes porque está desligado pra economizar energia, mas eu acho que na maioria das vezes eles desligam um elevador só pra foder a nossa vida mesmo.
Só pra constar, meu prédio tem 90 apartamentos.
E apenas um elevador funcionando por vez.
Bem, voltando à história, então.
Lá estava eu, esperando os habituais 38 minutos para conseguir pegar um elevador, quando dei uma olhadinha pro lado, e vi o seguinte recado da Comissão Administrativa do prédio.

Tá, eu até entendo, e agradeço, o recado dizendo que o elevador tá quebrado, e que eles tão se mobilizando pra consertar e tudo mais.
Mas pra quê diabos o cara me disse que é o rolamento e a ventoinha que estão com defeito? Será que ele achou que algum condômino sabe alguma coisa de elevador?
"- Ih rapaz, esse barulhinho, ó. Mas isso só pode ser a ventoinha, mermão. Tá me cheirando a ventoinha. Eu sei TUDO de ventoinha. E digo mais, tá com carinha de que o rolamento tá gasto também, hein. Ouve só esse barulhinho. O quê que é isso? É o rolamento gasto arrastando na ventoinha, ué! Pó mandá trocá a porra toda!"
Sei lá, ele pode me dizer que qualquer coisa tá com problema que eu acredito. O difusor triplo, o fluxonador quadrático, a roldana biriliforme, a placa transderônica de emergência, ou até o cabo sanfonado transverso da puta que te pariu, eu ia acreditar da mesma forma.
Eu hein, é cada um que me aparece...
domingo, 11 de abril de 2010
Indecisão
Eu sou um cara indeciso.
Na verdade eu sou um cara excessivamente indeciso.
Situações de escolhas cruciais pra mim são horrivelmente tensas. Exemplo? Comer no Spoleto.
Rapaz, que lugarzinho dos infernos. Pra trabalhar lá você deve ter que possuir capacitação em terror psicológico qualificado. Sério, o cara põe lá o macarrãozinho pra cozinhar e depois fica te massacrando com perguntas desesperadas sobre o que você quer pra compôr o prato. Parece que a segurança do mundo inteiro depende do fato de você combinar certinho as coisas no seu prato. Gente, será que ele não entende que aquilo é um processo complicado? Eu tenho direito a uns 8 componentes diferentes, tenho que fazer direito, oras. Tem que rolar uma química com cada ingrediente, eles têm que me mostrar o que têm a oferecer estando na minha comida.
Mas foda-se.
O puto do chef não entende nada disso, ele fica lá te olhando, suando, e com sangue nos olhos. Aparentemente, se eu demorar muito pra escolher o champignon, a mãe dele morre, e se eu ficar indeciso entre milho ou ervilha, ele desenvolve um câncer.
A cara dele é doentia, e ele te faz se sentir a pior pessoa do mundo só por estar escolhendo, porque se você fica demorando ele fica te oferecendo as coisas. Cara, eu não sei se ele entende que ele não sabe o que eu quero comer, não adianta. Mas mesmo assim, eu quase explodo, acabo escolhendo qualquer merda e odiando a comida, por mais que eu goste muito de macarrão (se bem que eu comi no Spoleto esses dias, e acabei gostando do que eu escolhi, por mais que eu tenha chorado por duas horas depois do processo de seleção dos componentes do prato).
Outro lugar que se parece muito com o Spoleto, guardadas as devidas proporções, obviamente, é o consultório do oftalmologista.
Ele põe aquela máquina na tua cara e sai trocando as lentes perguntando se melhora ou piora. Mas o pior é que ele sempre troca antes que você possa sequer dizer se melhorou ou não, porque as diferenças são muito sutis, e porque ele troca aquela merda a cada 0.3 segundos em média. É muita responsabilidade, sei lá, aquilo ali é importante, vai definir seu óculos, lentes, ou até cirurgia se você errar feio. Já pensou?
- Essa aqui é melhor?
- Eu acho q...
- E essa?
- Bem, essa aí...
- E essa?
- Não, peraí, volta lá na...
- E essa?
- Calmaí, cara..
- E essa?
- Porra, sei lá!
- Ok, já tenho o resultado, infelizmente é mais sério do que eu pensava, vou marcar sua cirurgia pra sexta que vem, você tem vinte e dois graus de miopia no olho esquerdo, e tem oito mil, trezentos e setenta e nove graus e meio de astigmatismo no olho direito. Acerta o pagamento da consulta com a Clotilde, minha secretária, quando sair.
Na verdade eu sou um cara excessivamente indeciso.
Situações de escolhas cruciais pra mim são horrivelmente tensas. Exemplo? Comer no Spoleto.
Rapaz, que lugarzinho dos infernos. Pra trabalhar lá você deve ter que possuir capacitação em terror psicológico qualificado. Sério, o cara põe lá o macarrãozinho pra cozinhar e depois fica te massacrando com perguntas desesperadas sobre o que você quer pra compôr o prato. Parece que a segurança do mundo inteiro depende do fato de você combinar certinho as coisas no seu prato. Gente, será que ele não entende que aquilo é um processo complicado? Eu tenho direito a uns 8 componentes diferentes, tenho que fazer direito, oras. Tem que rolar uma química com cada ingrediente, eles têm que me mostrar o que têm a oferecer estando na minha comida.
Mas foda-se.
O puto do chef não entende nada disso, ele fica lá te olhando, suando, e com sangue nos olhos. Aparentemente, se eu demorar muito pra escolher o champignon, a mãe dele morre, e se eu ficar indeciso entre milho ou ervilha, ele desenvolve um câncer.
A cara dele é doentia, e ele te faz se sentir a pior pessoa do mundo só por estar escolhendo, porque se você fica demorando ele fica te oferecendo as coisas. Cara, eu não sei se ele entende que ele não sabe o que eu quero comer, não adianta. Mas mesmo assim, eu quase explodo, acabo escolhendo qualquer merda e odiando a comida, por mais que eu goste muito de macarrão (se bem que eu comi no Spoleto esses dias, e acabei gostando do que eu escolhi, por mais que eu tenha chorado por duas horas depois do processo de seleção dos componentes do prato).
Outro lugar que se parece muito com o Spoleto, guardadas as devidas proporções, obviamente, é o consultório do oftalmologista.
Ele põe aquela máquina na tua cara e sai trocando as lentes perguntando se melhora ou piora. Mas o pior é que ele sempre troca antes que você possa sequer dizer se melhorou ou não, porque as diferenças são muito sutis, e porque ele troca aquela merda a cada 0.3 segundos em média. É muita responsabilidade, sei lá, aquilo ali é importante, vai definir seu óculos, lentes, ou até cirurgia se você errar feio. Já pensou?
- Essa aqui é melhor?
- Eu acho q...
- E essa?
- Bem, essa aí...
- E essa?
- Não, peraí, volta lá na...
- E essa?
- Calmaí, cara..
- E essa?
- Porra, sei lá!
- Ok, já tenho o resultado, infelizmente é mais sério do que eu pensava, vou marcar sua cirurgia pra sexta que vem, você tem vinte e dois graus de miopia no olho esquerdo, e tem oito mil, trezentos e setenta e nove graus e meio de astigmatismo no olho direito. Acerta o pagamento da consulta com a Clotilde, minha secretária, quando sair.
domingo, 4 de abril de 2010
Soja
Tenho uma confissão a fazer.
Eu tenho medo da soja.
Sério, tenho medo mesmo.
A soja é o elemento mais versátil da natureza. Dá pra fazer tudo de soja. É praticamente um MacGyver plantável. Ela é o trunfo dos vegetarianos, pois já que eles não podem comer um monte de coisas (que, aliás, são muito gostosas), eles dão um jeito de fazer tudo de soja. E é isso que me dá medo.
A soja é um grão, UMA PORRA DE GRÃO!, mas mesmo assim dá carne, leite, óleo e biodiesel. É a humilhação da vaca, coitada. Não me espantaria se pegasse uma mimosa desesperada espremendo as tetas até sair gasolina.
Eu fui dar uma olhada pela Internet e descobri a existência de cosméticos, tintas, resinas e solventes à base de soja. Isso é loucura, cara. Não me espantaria se abrisse um livro de Biologia agora e visse que o corpo humano é "30% oxigênio, 15% nitrogênio, 12% carbono, 9% hidrogênio, e de resto é tudo soja, mermão!"
Eu particularmente nunca comi nada de soja. Os vegetarianos dizem que é bom, mas eles não comem carne, então não têm nada realmente bom com que comparar. A opinião chega a ser meio inválida. Além disso, os que têm bom gosto e já comeram carne de soja dizem que nunca trocariam uma boa picanha por aquilo. Eu prefiro acreditar nesses últimos.
Um amigo meu disse que foi numa casa e serviram lasanha de soja pra ele. Pra mim isso é a gota d'água. A soja é um grão, deveria NO MÁXIMO derivar um farelinho e pronto, mais nada. Ponha-se no seu lugar, grãozinho dos infernos.
Eu tenho medo da soja.
Sério, tenho medo mesmo.
A soja é o elemento mais versátil da natureza. Dá pra fazer tudo de soja. É praticamente um MacGyver plantável. Ela é o trunfo dos vegetarianos, pois já que eles não podem comer um monte de coisas (que, aliás, são muito gostosas), eles dão um jeito de fazer tudo de soja. E é isso que me dá medo.
A soja é um grão, UMA PORRA DE GRÃO!, mas mesmo assim dá carne, leite, óleo e biodiesel. É a humilhação da vaca, coitada. Não me espantaria se pegasse uma mimosa desesperada espremendo as tetas até sair gasolina.
Eu fui dar uma olhada pela Internet e descobri a existência de cosméticos, tintas, resinas e solventes à base de soja. Isso é loucura, cara. Não me espantaria se abrisse um livro de Biologia agora e visse que o corpo humano é "30% oxigênio, 15% nitrogênio, 12% carbono, 9% hidrogênio, e de resto é tudo soja, mermão!"
Eu particularmente nunca comi nada de soja. Os vegetarianos dizem que é bom, mas eles não comem carne, então não têm nada realmente bom com que comparar. A opinião chega a ser meio inválida. Além disso, os que têm bom gosto e já comeram carne de soja dizem que nunca trocariam uma boa picanha por aquilo. Eu prefiro acreditar nesses últimos.
Um amigo meu disse que foi numa casa e serviram lasanha de soja pra ele. Pra mim isso é a gota d'água. A soja é um grão, deveria NO MÁXIMO derivar um farelinho e pronto, mais nada. Ponha-se no seu lugar, grãozinho dos infernos.
Talheres de plástico e sachês
Existe uma lenda sobre um cara.
Um cara que decidiu um dia que queria dedicar sua criatividade para o mal das pessoas. Um supervilão. Uma mente doentia, criminosa.
Um corno.
Foi nesse momento de reflexão profunda que ele idealizou e fabricou os talheres de plástico e os sachês de ketchup, mostarda, maionese etc.
Eu queria encontrar esse corno. Poderia matá-lo a facadas, mas facas de plástico nunca cortam nada. Sim, elas não cortam, elas vencem por insistência: você esfrega tanto a faca na comida que a comida sente pena de você e se divide. Garfos de plástico são feitos para se quebrarem em momentos cruciais, e apenas 2% dos sachês são feitos para se abrirem com facilidade.
Maldito corno.
Um cara que decidiu um dia que queria dedicar sua criatividade para o mal das pessoas. Um supervilão. Uma mente doentia, criminosa.
Um corno.
Foi nesse momento de reflexão profunda que ele idealizou e fabricou os talheres de plástico e os sachês de ketchup, mostarda, maionese etc.
Eu queria encontrar esse corno. Poderia matá-lo a facadas, mas facas de plástico nunca cortam nada. Sim, elas não cortam, elas vencem por insistência: você esfrega tanto a faca na comida que a comida sente pena de você e se divide. Garfos de plástico são feitos para se quebrarem em momentos cruciais, e apenas 2% dos sachês são feitos para se abrirem com facilidade.
Maldito corno.
terça-feira, 2 de março de 2010
Questões universais
Bom, galera. O post de hoje não tem um assunto específico. Ele é apenas fruto da minha enorme capacidade de observar as "coisas sem importância" com o afinco de uma lhama que tem afinco em fazer as coisas.
É uma listinha de dúvidas universais. Um pequeníssimo apanhado de perguntas que várias vezes motivaram minhas conversas.
Inúteis.
Hoje serão apenas 5, mas até que gostei da idéia. Posso repetir num futuro, onde, como agora, eu não tenha nada pra dizer.
O que diabos é um alimento "remoso"?
Pois é, quem conhece alguém que fez tatuagem já deve ter ouvido essa pergunta. Há o consenso de que as pessoas que fazem tatuagem não podem ingerir alimentos remosos durante alguns dias, e também há o consenso de que linguiça e amendoim são remosos, mas ninguém sabe que porra é essa.
No que os alunos da Medicina querem se especializar?
Sim, admito que botei isso aqui porque essa parece ser a grande dúvida do MUNDO INTEIRO quando conversa comigo. Acho que todos os outros alunos da Medicina também passam por isso. Se você tá conversando com alguém e diz que faz Medicina é quase instantânea a pergunta "E você quer ser o quê?". Eu sempre digo que não sei, a pessoa acha isso um grande absurdo, insiste, eu digo que na maioria das vezes não tem como saber nessa fase da faculdade, e aí, principalmente aquelas tiazonas, sempre mandam uma piadinha do tipo "faz cirurgia plástica pra me consertar de graça", ou então "faz geriatria que já tá com a clientela assegurada". Sinceramente, não aguento mais ouvir isso.
Por que as barras de ouro do Sílvio Santos valem mais do que dinheiro?
Isso desafia as leis do comércio.
Quando o Marcelo D2 vai achar a batida perfeita?
Já tô até com pena dele, sério. Nem sei mais quantas músicas ele já fez sob essa alcunha de "caçador de batidas". A vida dele deve ser um saco, ele deve sonhar todas as noites com uma porrada de bateristas, ou montes de rappers fazendo beatbox. Chega a ser meio gay.
Por que todas as proteínas, vitaminas, e coisas que interessam estão sempre na casca dos alimentos?
Isso sempre me deixou perplexo. Nós humanos simplesmente aprendemos a comer tudo errado, porque a parte das frutas e legumes que você tem que comer pra ficar fortinho é sempre a casca. Sempre.
É uma listinha de dúvidas universais. Um pequeníssimo apanhado de perguntas que várias vezes motivaram minhas conversas.
Inúteis.
Hoje serão apenas 5, mas até que gostei da idéia. Posso repetir num futuro, onde, como agora, eu não tenha nada pra dizer.
O que diabos é um alimento "remoso"?
Pois é, quem conhece alguém que fez tatuagem já deve ter ouvido essa pergunta. Há o consenso de que as pessoas que fazem tatuagem não podem ingerir alimentos remosos durante alguns dias, e também há o consenso de que linguiça e amendoim são remosos, mas ninguém sabe que porra é essa.
No que os alunos da Medicina querem se especializar?
Sim, admito que botei isso aqui porque essa parece ser a grande dúvida do MUNDO INTEIRO quando conversa comigo. Acho que todos os outros alunos da Medicina também passam por isso. Se você tá conversando com alguém e diz que faz Medicina é quase instantânea a pergunta "E você quer ser o quê?". Eu sempre digo que não sei, a pessoa acha isso um grande absurdo, insiste, eu digo que na maioria das vezes não tem como saber nessa fase da faculdade, e aí, principalmente aquelas tiazonas, sempre mandam uma piadinha do tipo "faz cirurgia plástica pra me consertar de graça", ou então "faz geriatria que já tá com a clientela assegurada". Sinceramente, não aguento mais ouvir isso.
Por que as barras de ouro do Sílvio Santos valem mais do que dinheiro?
Isso desafia as leis do comércio.
Quando o Marcelo D2 vai achar a batida perfeita?
Já tô até com pena dele, sério. Nem sei mais quantas músicas ele já fez sob essa alcunha de "caçador de batidas". A vida dele deve ser um saco, ele deve sonhar todas as noites com uma porrada de bateristas, ou montes de rappers fazendo beatbox. Chega a ser meio gay.
Por que todas as proteínas, vitaminas, e coisas que interessam estão sempre na casca dos alimentos?
Isso sempre me deixou perplexo. Nós humanos simplesmente aprendemos a comer tudo errado, porque a parte das frutas e legumes que você tem que comer pra ficar fortinho é sempre a casca. Sempre.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Botecos
Bem, galerinha. Chegou agora ao NaQ um assunto que sempre permeou a minha vidinha de acadêmico vagabundo. Não sei como eu nunca escrevi sobre botecos (ou butecos) aqui, já que costumo frequentá-los com alguma regularidade.
Quem me conhece sabe que eu não sou pinguço (e você aí, trate de tirar esse sorriso irônico da sua cara feia). Já houveram épocas em que eu bebia mais, mas hoje em dia sou apenas um bêbado ocasional. Só que isso não importa, o post não é pra ser sobre meu paladar alcoólico, nem sobre os danos no meu fígado, e sim sobre as minhas experiências botequeiras (e se eu invertesse duas sílabas nessa palavra eu estaria ferrado).
Não sou daqueles que já frequentaram milhões de botecos diferentes em lugares diferentes, eu sou um cliente chato, acomodado, que vai quase sempre aos mesmos. Não que isso seja exatamente um problema, porque a primeira coisa que se repara sobre botecos é que eles são essencialmente iguais.
Começando com o que realmente importa, a cerveja. Um boteco mesmo, pé-sujão, preza pela cerveja MUITO gelada. E é isso que o faz sobreviver nessa concorrência contra os barzinhos "higiênicos". A cerveja num boteco é normalmente barata e subglacial. Você vive em um mundo onde faz 45ºC lá fora, mas a sua garganta tá gelada, amigo. Você dá o primeiro gole, e automaticamente aparece aquele sorriso, seguido daquele barulho estranho, que é tipo uma assoprada, mas é também um suspiro, com a boca aberta (acho que quem bebe sabe do que eu tô falando).
E o atendimento? Num boteco mesmo, aquilo que se pode chamar de garçom, se é que ele existe, é o cara mais sagaz do mundo. Você pode chamá-lo de chefia, amigo, camarada, viado, pode ser qualquer merda, que ele te ouve. Aí depois você faz qualquer sinal, QUALQUER UM. Pode ser um polegar pra cima, pode ser uma apontada, uma estalada de dedos, pode dançar a Macarena, o Tcham, ou dança russa, TUDO é interpretado como "traz mais uma aí, por favor". Um amigo meu certa vez chamou o cara e balançou a cabeça menos de meio grau pra esquerda, e em 7.2 segundos havia uma Antártica estalando de gelada em cima da nossa mesa. Espero que ele comente nesse post.
E se você for daquelas pessoas que gostam de comer enquanto bebem? Tudo bem! Se você, obviamente, não tiver problemas de gastrite, úlcera, ou "nojinho", porque sinceramente, algumas comidas de boteco fariam o Seu "Zero Dois" vomitar, pra deixar o Capitão Nascimento puto da vida. Com o meu poder aquisitivo, na maioria das vezes, eu como batata frita. Normalmente é o que há de mais barato nos cardápios, quando há cardápio. E você não quer gastar dinheiro comendo algo realmente comestível, se você foi ali pra beber. Pra comer comida bonitinha eu como em casa, no boteco eu como aquela batata escrota mesmo, cujo o óleo usado na fritura é o mesmo desde 1997. Quem leu Harry Potter pode comparar batatas de boteco com "feijõezinhos de todos os sabores", porque o gosto de cada batata varia de acordo com o que foi frito antes dela. Já comi batata com gosto de peixe, de kibe, de calabresa, de sola de sapato, de meia suja, e algumas até com gosto de nada.
Existem outras coisas comestíveis em botecos, algumas melhores e outras piores. Tem aquele torresminho básico. Ele fica dentro do potinho de bala Sete Belo, custa alguns centavos, e você demora umas três horas pra conseguir vencer a resistência pétrea dele, morder, e desfrutar do gosto do porquinho. Tem também o clássico ovo colorido, mas eu sinceramente nunca fui homem o suficiente pra comer aquilo. Tem frango à passarinho, chouriço com farofa, e uma infinidade de outras coisas que talvez a maioria de vocês leitores nunca tenha colocado na boca (pára de pensar essa piada de cunho sexual que você pensou agora, seu tarado).
E depois que você tá bebendo, o que vem? Sim, a vontade irresistível de ir ao banheiro.
Cara, que bom que a vontade de mijar (ou vomitar) só vem depois de beber, porque encarar certos banheiros sóbrio seria difícil. Eu sou homem, portanto falarei do banheiro dos homens. Ele é normalmente muito simples. Consiste em algum buraco pra mijar, algumas vezes tem pia, e quase sempre tem um cheiro tão forte de urina, que parece que você pulou numa piscina de mijo, ou que tem alguém muito desagradável mijando na tua cara, ou que tem alguém mais desagradável ainda que meteu o "piu-piu" (pra manter o pudor) no seu nariz e começou a se aliviar ali mesmo. É sempre assim, você tá chegando perto do banheiro e do nada toma aquela porrada de cheiro bem no meio da cara, que te deixa até meio tonto. A atmosfera no banheiro masculino é mais quente, mais densa, e eu juro que chega a ser meio amarela. Não consigo descrever nada mais que isso, eu até diria os detalhes, se me lembrasse deles.
A única coisa que varia mesmo de um boteco pra outro é a música. Existe boteco pra todos os gostos, você deve procurar o que lhe completa mais. Tem pagodinho, tem funk, tem reggae, e por aí vai.
Então é isso, vou ficando por aqui, e te encontro no boteco mais próximo. Valeu chefia.
Quem me conhece sabe que eu não sou pinguço (e você aí, trate de tirar esse sorriso irônico da sua cara feia). Já houveram épocas em que eu bebia mais, mas hoje em dia sou apenas um bêbado ocasional. Só que isso não importa, o post não é pra ser sobre meu paladar alcoólico, nem sobre os danos no meu fígado, e sim sobre as minhas experiências botequeiras (e se eu invertesse duas sílabas nessa palavra eu estaria ferrado).
Não sou daqueles que já frequentaram milhões de botecos diferentes em lugares diferentes, eu sou um cliente chato, acomodado, que vai quase sempre aos mesmos. Não que isso seja exatamente um problema, porque a primeira coisa que se repara sobre botecos é que eles são essencialmente iguais.
Começando com o que realmente importa, a cerveja. Um boteco mesmo, pé-sujão, preza pela cerveja MUITO gelada. E é isso que o faz sobreviver nessa concorrência contra os barzinhos "higiênicos". A cerveja num boteco é normalmente barata e subglacial. Você vive em um mundo onde faz 45ºC lá fora, mas a sua garganta tá gelada, amigo. Você dá o primeiro gole, e automaticamente aparece aquele sorriso, seguido daquele barulho estranho, que é tipo uma assoprada, mas é também um suspiro, com a boca aberta (acho que quem bebe sabe do que eu tô falando).
E o atendimento? Num boteco mesmo, aquilo que se pode chamar de garçom, se é que ele existe, é o cara mais sagaz do mundo. Você pode chamá-lo de chefia, amigo, camarada, viado, pode ser qualquer merda, que ele te ouve. Aí depois você faz qualquer sinal, QUALQUER UM. Pode ser um polegar pra cima, pode ser uma apontada, uma estalada de dedos, pode dançar a Macarena, o Tcham, ou dança russa, TUDO é interpretado como "traz mais uma aí, por favor". Um amigo meu certa vez chamou o cara e balançou a cabeça menos de meio grau pra esquerda, e em 7.2 segundos havia uma Antártica estalando de gelada em cima da nossa mesa. Espero que ele comente nesse post.
E se você for daquelas pessoas que gostam de comer enquanto bebem? Tudo bem! Se você, obviamente, não tiver problemas de gastrite, úlcera, ou "nojinho", porque sinceramente, algumas comidas de boteco fariam o Seu "Zero Dois" vomitar, pra deixar o Capitão Nascimento puto da vida. Com o meu poder aquisitivo, na maioria das vezes, eu como batata frita. Normalmente é o que há de mais barato nos cardápios, quando há cardápio. E você não quer gastar dinheiro comendo algo realmente comestível, se você foi ali pra beber. Pra comer comida bonitinha eu como em casa, no boteco eu como aquela batata escrota mesmo, cujo o óleo usado na fritura é o mesmo desde 1997. Quem leu Harry Potter pode comparar batatas de boteco com "feijõezinhos de todos os sabores", porque o gosto de cada batata varia de acordo com o que foi frito antes dela. Já comi batata com gosto de peixe, de kibe, de calabresa, de sola de sapato, de meia suja, e algumas até com gosto de nada.
Existem outras coisas comestíveis em botecos, algumas melhores e outras piores. Tem aquele torresminho básico. Ele fica dentro do potinho de bala Sete Belo, custa alguns centavos, e você demora umas três horas pra conseguir vencer a resistência pétrea dele, morder, e desfrutar do gosto do porquinho. Tem também o clássico ovo colorido, mas eu sinceramente nunca fui homem o suficiente pra comer aquilo. Tem frango à passarinho, chouriço com farofa, e uma infinidade de outras coisas que talvez a maioria de vocês leitores nunca tenha colocado na boca (pára de pensar essa piada de cunho sexual que você pensou agora, seu tarado).
E depois que você tá bebendo, o que vem? Sim, a vontade irresistível de ir ao banheiro.
Cara, que bom que a vontade de mijar (ou vomitar) só vem depois de beber, porque encarar certos banheiros sóbrio seria difícil. Eu sou homem, portanto falarei do banheiro dos homens. Ele é normalmente muito simples. Consiste em algum buraco pra mijar, algumas vezes tem pia, e quase sempre tem um cheiro tão forte de urina, que parece que você pulou numa piscina de mijo, ou que tem alguém muito desagradável mijando na tua cara, ou que tem alguém mais desagradável ainda que meteu o "piu-piu" (pra manter o pudor) no seu nariz e começou a se aliviar ali mesmo. É sempre assim, você tá chegando perto do banheiro e do nada toma aquela porrada de cheiro bem no meio da cara, que te deixa até meio tonto. A atmosfera no banheiro masculino é mais quente, mais densa, e eu juro que chega a ser meio amarela. Não consigo descrever nada mais que isso, eu até diria os detalhes, se me lembrasse deles.
A única coisa que varia mesmo de um boteco pra outro é a música. Existe boteco pra todos os gostos, você deve procurar o que lhe completa mais. Tem pagodinho, tem funk, tem reggae, e por aí vai.
Então é isso, vou ficando por aqui, e te encontro no boteco mais próximo. Valeu chefia.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Supervia. Superlegal.
Não sei quantos de vocês que estão lendo isso andam de trem no Rio de Janeiro. Mas aqueles que andam sabem que é uma experiência única.
Obviamente não é "única" no sentido de "uma vez só na vida inteira", e sim no sentido de "não existe nada igual". Antes fosse, né.
Rapaz, andar de trem pode ter várias vantagens, eu até moro muito próximo a uma estação, pra mim é uma mão na roda, mas cacete, é uma coisa cheia de... peculiaridades. O trem não é só um transporte. Não não, senhores. Não é só uma coisa que te leva pra lugares em troca do preço da passagem. É uma feira ambulante, é uma sauna sobre trilhos, é uma apurrinhação automóvel, é um pedacinho do subúrbio, que se mexe.
A alma do subúrbio carioca treme com a passagem do trem. E não é tremer de emoção não, é porque essa porra se treme toda mesmo. Ô trocinho bambo, parece um chocalho. Os vagões parecem caminhões de gado. Aliás, o povo que pega trem parece gado mesmo, com aquela expressão bovina de cansaço, se balançando junto com os milhões de metais desgraçados que fazem aquele barulho dos infernos. Não lembro a primeira vez que tive o prazer de pegar um trem, mas imagino que o primeiro pensamento de todo mundo é de que aquilo vai desmontar. A segunda coisa em que se pensa é na família, nos filhos, nas coisas boas da vida, e em tudo mais que parece que você tá deixando pra trás quando entra no vagão. Tudo, eu disse TUDO num trem foi especialmente construído pra balançar e fazer barulho.
Deixando de lado a parte estrutural, o que há de mais interessante no trem é uma questão cultural. Aliás, mais que cultural, o trem é quase um ecossistema, sei lá. Pegando trem com regularidade você reconhece várias coisas... interessantes.
Bem, eu sempre pego o trem na parte da tarde, ali, na hora do rush. Pego o Japeri lotado, sem ar condicionado. Que tortura, cara. Chega a ser cômico. Eu gostaria de olhar pra minha expressão de derrota nessas horas. Tá todo mundo suado, meio fedendo. Se você não sua, não tem problema, você pega o suor dos outros, porque a essa altura você é obrigado a estar tão grudado nas pessoas, que seus espermatozóides (no meu caso, que sou homem) achariam o caminho sozinhos para uma fecundação feliz.
O mau humor no trem é tão intenso que dá pra pegar no ar. Aquelas tias, meio gordas, sebentas, que ficam resmungando baixinho, só esperando a oportunidade de arranjar um barraco por qualquer coisa. Eu tenho medo.
Atualmente não pode mais, por lei, ter culto no trem. Mas antigamente era brabo. Não vou entrar nesse assunto, já tem um post antigo sobre ele (em outubro de 2008, se quiser dar aquela conferida).
Agora, o comércio. Aaaaah o comércio. É lindo, faz inveja a qualquer Wall Street. É ali que o capitalismo selvagem acontece. É ali que a magia da economia tem lugar. É ali que cê pode conseguir um latão de Antártica, uma caneta-calendário, um isqueiro-lanterna ou um picolé Moleca de goiaba, leite condensado, limão ou maracujá. E o poder aquisitivo, hein? Rapaz, com R$ 1.00, sim, um simples real, você é rei. Dá pra comprar uns 3 amendoins, 2 paçocas, 23 balas Juquinha, uma escova de dente, um cinto, e um Super Bonder falso. Cara, eu ainda não sei o que não se vende no trem. Tem desde fantoche até chave de fenda, desde pomada-cura-tudo até ioiô. Tem tudo mesmo.
Agora completando, a essência do trem é que ele é a cara do subúrbio. Sim, se tem um ramal da Supervia próximo de você, parabéns, você é suburbano, que legal. Aquilo cheira a malandragem suburbana. É a lei do mais esperto, sabe como é. Uma vez eu tava andando na estação depois de desembarcar, só que eu tava andando muito perto do trem em movimento. Resultado? Tomei um tapão na cabeça de um desses caras pendurados na porta (sim, o trem tem gente pendurada na porta, a era do surfista de trem já passou). Eu realmente vacilei, até porque mesmo que eu tenha morado na Baixada Fluminense minha vida toda, eu sou lerdo. Mas eu ri na hora, levei na brincadeira, não doeu, e se eu estivesse de boné não teria sido um tapa, e sim um furto.
Porém, existem as coisas boas, o trem é relativamente rápido, não pega engarrafamento (apesar de atrasar às vezes), e tem o vagão do pagode, né.
Obviamente não é "única" no sentido de "uma vez só na vida inteira", e sim no sentido de "não existe nada igual". Antes fosse, né.
Rapaz, andar de trem pode ter várias vantagens, eu até moro muito próximo a uma estação, pra mim é uma mão na roda, mas cacete, é uma coisa cheia de... peculiaridades. O trem não é só um transporte. Não não, senhores. Não é só uma coisa que te leva pra lugares em troca do preço da passagem. É uma feira ambulante, é uma sauna sobre trilhos, é uma apurrinhação automóvel, é um pedacinho do subúrbio, que se mexe.
A alma do subúrbio carioca treme com a passagem do trem. E não é tremer de emoção não, é porque essa porra se treme toda mesmo. Ô trocinho bambo, parece um chocalho. Os vagões parecem caminhões de gado. Aliás, o povo que pega trem parece gado mesmo, com aquela expressão bovina de cansaço, se balançando junto com os milhões de metais desgraçados que fazem aquele barulho dos infernos. Não lembro a primeira vez que tive o prazer de pegar um trem, mas imagino que o primeiro pensamento de todo mundo é de que aquilo vai desmontar. A segunda coisa em que se pensa é na família, nos filhos, nas coisas boas da vida, e em tudo mais que parece que você tá deixando pra trás quando entra no vagão. Tudo, eu disse TUDO num trem foi especialmente construído pra balançar e fazer barulho.
Deixando de lado a parte estrutural, o que há de mais interessante no trem é uma questão cultural. Aliás, mais que cultural, o trem é quase um ecossistema, sei lá. Pegando trem com regularidade você reconhece várias coisas... interessantes.
Bem, eu sempre pego o trem na parte da tarde, ali, na hora do rush. Pego o Japeri lotado, sem ar condicionado. Que tortura, cara. Chega a ser cômico. Eu gostaria de olhar pra minha expressão de derrota nessas horas. Tá todo mundo suado, meio fedendo. Se você não sua, não tem problema, você pega o suor dos outros, porque a essa altura você é obrigado a estar tão grudado nas pessoas, que seus espermatozóides (no meu caso, que sou homem) achariam o caminho sozinhos para uma fecundação feliz.
O mau humor no trem é tão intenso que dá pra pegar no ar. Aquelas tias, meio gordas, sebentas, que ficam resmungando baixinho, só esperando a oportunidade de arranjar um barraco por qualquer coisa. Eu tenho medo.
Atualmente não pode mais, por lei, ter culto no trem. Mas antigamente era brabo. Não vou entrar nesse assunto, já tem um post antigo sobre ele (em outubro de 2008, se quiser dar aquela conferida).
Agora, o comércio. Aaaaah o comércio. É lindo, faz inveja a qualquer Wall Street. É ali que o capitalismo selvagem acontece. É ali que a magia da economia tem lugar. É ali que cê pode conseguir um latão de Antártica, uma caneta-calendário, um isqueiro-lanterna ou um picolé Moleca de goiaba, leite condensado, limão ou maracujá. E o poder aquisitivo, hein? Rapaz, com R$ 1.00, sim, um simples real, você é rei. Dá pra comprar uns 3 amendoins, 2 paçocas, 23 balas Juquinha, uma escova de dente, um cinto, e um Super Bonder falso. Cara, eu ainda não sei o que não se vende no trem. Tem desde fantoche até chave de fenda, desde pomada-cura-tudo até ioiô. Tem tudo mesmo.
Agora completando, a essência do trem é que ele é a cara do subúrbio. Sim, se tem um ramal da Supervia próximo de você, parabéns, você é suburbano, que legal. Aquilo cheira a malandragem suburbana. É a lei do mais esperto, sabe como é. Uma vez eu tava andando na estação depois de desembarcar, só que eu tava andando muito perto do trem em movimento. Resultado? Tomei um tapão na cabeça de um desses caras pendurados na porta (sim, o trem tem gente pendurada na porta, a era do surfista de trem já passou). Eu realmente vacilei, até porque mesmo que eu tenha morado na Baixada Fluminense minha vida toda, eu sou lerdo. Mas eu ri na hora, levei na brincadeira, não doeu, e se eu estivesse de boné não teria sido um tapa, e sim um furto.
Porém, existem as coisas boas, o trem é relativamente rápido, não pega engarrafamento (apesar de atrasar às vezes), e tem o vagão do pagode, né.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
2010 e cantigas infantis
Um Feliz 2010 pros escassos leitores do meu humilde blog que volta dos mortos hoje.
O final de 2009 foi impossível. Uma penca de coisas de faculdade pra fazer, acabou sobrando pro NaQ, infelizmente. Passei um grande período no poço obscuro da falta de criatividade.
Agora, cá entre nós, eu não saí desse poço ainda. Estou escrevendo aqui só porque me sinto na obrigação de fazê-lo. Foi uma morte muito agonizante pro meu bloguinho querido, é uma sacanagem o que eu fiz com ele. Porém, em minha defesa, tenho a dizer que atualmente eu tenho muito menos senso de humor, faço piadas cada vez mais sem graças, e tô cada vez mais nerd (e ainda tenho coragem de chamar isso de "defesa").
Pois então, indo ao assunto do post, eu andei pensando essa semana. Cheguei à conclusão de que devia postar algo grande e interessante, sendo esse o primeiro post de 2010 e tal.
Enfim...
Eu não pensei em nada nessas proporções. Não quero falar de chuva, nem desmoronamento, nem BBB, nem qualquer outra coisa que vocês têm visto na TV ultimamente.
Portanto, vamos falar de algo revolucionário e importante. Sabe aquelas "cantigas" infantis, que se usam naquelas brincadeiras de bater as mãozinhas? Tipo adoleta, essas coisas. Pois é, já perceberam que as letras não fazem sentido nenhum?
Pegando o próprio exemplo da adoleta. "A-do-le-ta. Le peti peti polá. Le café com chocolá". Eu tenho medo, é sério. Isso TEM que significar alguma coisa, gente! E se for algum ritual de invocação? E se eu estiver vendendo minha alma? E a porra da criança depois ainda puxa o rabo do tatu, da cotia, da porra toda! Eu, hein.
Minha irmã me ensinou um joguinho desses. Pior... Eu aprendi.
O nome é "Tricilomelo". Deve ter significado em alguma língua nativa de algum lugar, mas eu sinceramente não quero saber o que é. Vamos à letra da cantiga:
Tricilomelo
Auantchu celo
Tricilomelo si
Auantchu celo si
Trici, trici
Tricilauêi.
Pois então galera, agora que vocês leram, o que quer que aconteça comigo vocês também vão ter. Mas é sério, o que raios significa essa música?! Nenhum vocábulo parece com nada, é bizarro! Minha irmã brincando toda feliz, cantando essa bruxaria aí. E eu nem sabia como escrever essa budega, é uma porrada de fonemas aleatórios, que no fim dá nisso.
Quem foi a mente doentia que pensou isso pela primeira vez? QUEM FOI ESSA CRIANÇA? Aposto que é filho de alguma espécie de profecia, não pode ser um pirralho normal que criou uma porra dessas. Enfim, o papo tá bom, mas eu tô com sono.
Fui, e o blog tá aí, pra atravessar 2010 ainda no anonimato (que por mais que eu tente, nunca consigo tirá-lo).
O final de 2009 foi impossível. Uma penca de coisas de faculdade pra fazer, acabou sobrando pro NaQ, infelizmente. Passei um grande período no poço obscuro da falta de criatividade.
Agora, cá entre nós, eu não saí desse poço ainda. Estou escrevendo aqui só porque me sinto na obrigação de fazê-lo. Foi uma morte muito agonizante pro meu bloguinho querido, é uma sacanagem o que eu fiz com ele. Porém, em minha defesa, tenho a dizer que atualmente eu tenho muito menos senso de humor, faço piadas cada vez mais sem graças, e tô cada vez mais nerd (e ainda tenho coragem de chamar isso de "defesa").
Pois então, indo ao assunto do post, eu andei pensando essa semana. Cheguei à conclusão de que devia postar algo grande e interessante, sendo esse o primeiro post de 2010 e tal.
Enfim...
Eu não pensei em nada nessas proporções. Não quero falar de chuva, nem desmoronamento, nem BBB, nem qualquer outra coisa que vocês têm visto na TV ultimamente.
Portanto, vamos falar de algo revolucionário e importante. Sabe aquelas "cantigas" infantis, que se usam naquelas brincadeiras de bater as mãozinhas? Tipo adoleta, essas coisas. Pois é, já perceberam que as letras não fazem sentido nenhum?
Pegando o próprio exemplo da adoleta. "A-do-le-ta. Le peti peti polá. Le café com chocolá". Eu tenho medo, é sério. Isso TEM que significar alguma coisa, gente! E se for algum ritual de invocação? E se eu estiver vendendo minha alma? E a porra da criança depois ainda puxa o rabo do tatu, da cotia, da porra toda! Eu, hein.
Minha irmã me ensinou um joguinho desses. Pior... Eu aprendi.
O nome é "Tricilomelo". Deve ter significado em alguma língua nativa de algum lugar, mas eu sinceramente não quero saber o que é. Vamos à letra da cantiga:
Tricilomelo
Auantchu celo
Tricilomelo si
Auantchu celo si
Trici, trici
Tricilauêi.
Pois então galera, agora que vocês leram, o que quer que aconteça comigo vocês também vão ter. Mas é sério, o que raios significa essa música?! Nenhum vocábulo parece com nada, é bizarro! Minha irmã brincando toda feliz, cantando essa bruxaria aí. E eu nem sabia como escrever essa budega, é uma porrada de fonemas aleatórios, que no fim dá nisso.
Quem foi a mente doentia que pensou isso pela primeira vez? QUEM FOI ESSA CRIANÇA? Aposto que é filho de alguma espécie de profecia, não pode ser um pirralho normal que criou uma porra dessas. Enfim, o papo tá bom, mas eu tô com sono.
Fui, e o blog tá aí, pra atravessar 2010 ainda no anonimato (que por mais que eu tente, nunca consigo tirá-lo).
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